Campo de poder dos grandes projetos urbanos

Campo de Poder dos Grandes Projetos Urbanos

Daniel Medeiros de Freitas
 

O professor Daniel Freitas, do departamento de Urbanismo da Escola de Arquitetura da UFMG, analisa a produção dos Grandes Projetos Urbanos da Região Metropolitana de Belo Horizonte utilizando a teoria bourdiana de campo de poder. Na primeira parte do livro, o autor expõe a vinculação entre as recentes inflexões na política econômica global e as características dos GPUs.

Em seguida, 26 projetos são estudados a partir de suas características invariantes, quando o autor desvela as propriedades relacionais e disposicionais do campo de poder e mapeia os capitais e habitus dos seus principais agentes.

Na última parte, Freitas reúne propostas para a necessária revisão da atuação dos planejadores urbanos no campo de produção dos GPUs.

Daniel M. de Freitas é doutor em Arquitetura e Urbanismo pelo NPGAU/UFMG (2016) e professor adjunto da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG. É um dos organizadores do livro Belo Horizonte – Os impactos da Copa do Mundo de 2014.

Compre aqui ou Pelo e-mail: danielmedeirosdefreitas@gmail.com

Obra utiliza a teoria bourdiana sobre o campo de poder com ênfase no capital econômico, político e cultural. Por Daniel Freitas

 
O objetivo central deste livro é desvelar as relações de poder que estruturam a produção deGrandes Projetos Urbanosna Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para tal, articula (a) a identificação das características invariantes da forma urbana e seus processos de planejamento, projeto, construção e gestão; e (b) temas da teoria urbana, entre outros, a conformação do processo de neoliberalização local, a estrutura fundiária e seu papel nos grandes projetos, as peculiaridades do histórico de urbanização, o papel das grandes empreiteiras e as escolas hegemônicas de planejamento. O livro está organizado em duas partes. A primeira apresenta a vinculação entre os GPU e as inflexões na política econômica relacionadas aos processos de globalização e neoliberalização na produção do espaço urbano, identificando quais são e qual a intensidade das determinações econômicas e políticas sobre os projetos estudados. Em seguida, investiga o conceito de Grande Projeto Urbano a partir de suas características formais e processuais invariantes, com foco no impacto sobre a política urbana e atento ao modo como este tipo de projeto se alinha com a retomada da chamada urbanística formal. Completa a primeira parte a análise do processo de urbanização da RMBH, com destaque para o histórico de grandes intervenções e para o modo como ocorreu a convergência entre as forças econômicas e os conceitos, instrumentos e práticas do campo do planejamento urbano local.

A segunda parte analisa um conjunto de vinte e seis projetos, considerando suas características morfológicas, agentes, processos decisórios, impactos territoriais e relação com a teoria urbana. A partir dessa análise, utiliza a teoria bourdiana sobre o campo de poder para desvelar as estruturas relacionais e disposicionais dessa prática, com ênfase no capital econômico, político e cultural, e no habitus de seus principais agentes. Finalmente, propõe um vetor propositivo a partir do qual são articuladas táticas, estratégias e possibilidades de intervenção através, sobretudo, da atuação dos planejadores urbanos na produção dos GPU.

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