“Gratifica-se quem me encontrar”

De TCC para livro:
“Gratifica-se quem me encontrar”, encontro feminino de gerações, é lançado em BH

Marília Pires e Rita Davis
 

Rita Davis e Marília Pires

Avó e neta estreiam juntas na literatura apresentando as impressões líricas de uma mulher que viveu os anos dourados no Brasil, a ditadura militar, até chegar aos dias de hoje. Publicação é da editora Impressões de Minas e será lançado no dia 8/12

“Gratifica-se quem me encontrar”

Resultado de uma pesquisa de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de Design da UFMG da aluna Rita Davis, orientada pela professora Rita Velloso, o projeto foi além. Rita defendeu seu TCC em junho deste ano, e a partir dessa data, levou o projeto gráfico do livro adiante, até encontrar a editora Impressões de Minas, que abraçou a ideia.

Um encontro de mulheres contemporâneas e de gerações diferentes, que compartilham vida e família, recriando as próprias memórias. Assim podemos ter uma simples definição do livro-objeto de arte, composto por recortes de textos e imagens, “Gratifica-se quem me encontrar” escrito pela psicanalista Marília Pires e a designer, Rita Davis. Avó e neta estreiam juntas na literatura, apresentando as impressões líricas de uma mulher que viveu os anos dourados no Brasil, a ditadura militar, até chegar aos dias de hoje.

Editado pela Selo Leme, da Editora Impressões de Minas, com posfácio da escritora e artista plástica Julia Panadés, “Gratifica-se quem me encontrar” será lançado no dia 8/12 (sábado), das 12h às 16h, no espaço de cultura e restaurante
A Central (Praça Rui Barbosa, 104), com entrada franca.

“Transmissões de gerações” na literatura

Marília aceitou o desafio de Rita de expor suas memórias de mulher que vive os dilemas do feminino na vida e na arte. “É uma emoção gigante conhecer e trabalhar com essa história, que é dela, minha e de tantas outras pessoas. A escrita da minha avó mexeu comigo de uma maneira muito bonita, me fez movimentar, questionar, produzir. Quando percebi esse efeito em mim, vi que sua história não tinha acabado ali, nos anos da ditadura, quando foi militante e presa política muita água veio depois disso, continua vindo e movimentando sua vida até hoje, e é o que motiva ela a escrever. Os minicontos que compilei no livro fazem parte da minha história também, e agora, construir, juntas, esse livro é um marco de vínculo entre gerações como forma de resistência artística.”, pontua Rita

A avó Marília conta que a duas nunca planejaram nenhum trabalho conjunto. Foi quando começou a observar os trabalhos de faculdade da neta que se moviam muito para a temática da mulher, que passaram a trocar livros e textos. “Rita perguntou de mim. E quis saber mais e mais. As mil horas de conversas e trocas, esculpiram para mim a palavra “transmissão”. Entreguei-lhe a chave para que fizesse a seu modo o que bem quisesse. E aí acontece esse livro. Uma sintonia e cumplicidade que sei serem raras na vida.”, ressalta Marília.

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