Estação em Movimento
Flávio de Lemos Carsalade
FLÁVIO DE LEMOS CARSALADE LANÇA LIVRO
“ESTAÇÃO EM MOVIMENTO –
A HISTÓRIA DA PRAÇA DA ESTAÇÃO EM BELO HORIZONTE”
Arquiteto lança livro no Centro Cultural UFMG
O arquiteto Flávio de Lemos Carsalade lança no dia 16 de abril, de 10h às 12h30, no Centro Cultural UFMG, o livro “Estação em Movimento – A História da Praça da Estação em Belo Horizonte”. O livro faz um passeio detalhado por cada uma das edificações e monumentos que compõem a Praça da Estação e seu entorno.
Segundo o autor “A Praça da Estação é a melhor síntese do que seja um espaço público urbano e, em Belo Horizonte, um livro aberto para a compreensão da História da cidade”. E é por isso que, com o livro, a Praça da Estação nunca mais será vista como antes. Isso porque tanto a Praça como o seu entorno viram personagens, surpreendendo o leitor a cada página e a cada capítulo.
Em “Estação em Movimento – A História da Praça da Estação em Belo Horizonte”, as edificações ganham vida e, com isso, acompanhamos a narrativa que passeia pelos seguinte prédios e monumentos: Casa do Conde de Santa Marinha; 104 Tecidos; Estátuas da Praça; Escola de Engenharia UFMG; Estação Central; Sul América Hotel; Monumento à Civilização Mineira; Edifício Chagas Dória; Edifício Sede da RFFSA; Hotel Itatiaia; Serraria Souza Pinto; Edifício Central; Peixes Urbanos; Viaduto de Santa Tereza.
Flávio de Lemos Carsalade é arquiteto nascido em Belo Horizonte e, durante sua trajetória, esteve envolvido em vários projetos e órgãos ligados à região da Praça da Estação. Por isso, tem um olhar privilegiado para esse espaço que é, para muitos, o coração da capital mineira, palco de manifestações artísticas, políticas, sociais e educativas. Carsalade pontua: “Minha vida se misturou com a da Praça em diversos momentos. Foi nos seus arredores que comecei a trabalhar, aos treze anos de idade, onde tomava caldo de mocotó ao sair do escritório, nos fins de tarde, imerso na atmosfera do grande largo urbano. Depois disso, como estudante de arquitetura, como arquiteto-urbanista, como militante de órgãos de classe e da defesa do patrimônio, como dirigente de órgãos públicos, e, sobretudo, como cidadão, tive a oportunidade de fazer trabalhos técnicos, realizar projetos e utopias, crias ações efetivas de proteção do espaço, participar de conselhos e comissões, enfim me unir aos destinos desse pedaço de meu Belo Horizonte muito amado”.
Mas ainda que escrito pela lavra de arquiteto, o texto não se prende à linguagem técnica característica desse tipo de relatos. Pelo contrário, a narrativa é saborosa, cabendo a cada edificação se apresentar por si mesma, como um personagem. E é aí que se situa a originalidade da narrativa de Carsalade, pois as edificações e os monumentos se apresentam, cada de um de uma vez contando sua história, como se deu seu planejamento, como está situada em seu tempo, seus traços arquitetônicos, e também suas reflexões e pensamentos.
Como a Casa do Conde de Santa Marinha diz, palavras que também definem o mundo do autor: “Meu mundo é a Praça da Estação”. E é exatamente esse mundo que se descortina nas páginas de “Estação em Movimento – A História da Praça da Estação em Belo Horizonte”. E esse descortinamento se dá pelos recursos da mais alta literatura, como o diretor de teatro e dramaturgo Pedro Paulo Cava registra no prefácio: “…mas as estórias de seres aparentemente inanimados que ganham vida, voz e emoção no estilo da melhor escrita literária latino-americana: o realismo fantástico. Com uma cadência que se alterna entre a descrição formal e minuciosa das edificações, ruas, praças e avenidas e a ficção utilizada pelo autor para mostrar as entranhas, artérias e vísceras da cidade, onde habitam os rios, regatos e ribeirões, o leitor é conduzido a um passeio táctil e visual pela pele da cidade e a uma imersão nas águas que serpenteiam subterrâneas, traçando formas e curvas, o que nos leva a confirmar a tese de que Belo Horizonte é uma cidade-mulher, tão feminina e marota em seu jeito de ser que por ela nos apaixonamos todos. O inusitado permeia toda a obra e nos deixa em estado de atenção da primeira à ultima fala, sim, porque este é um livro onde tudo fala e se move.”
E Pedro Paulo Cava acrescenta: “Memória e historia, preservação e modernismo, progresso e nostalgia, humanismo e intolerância, está tudo nas páginas de Estação em Movimento”
Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG, com mestrado também pela mesma universidade e doutorado pela Universidade Federal da Bahia, Flávio de Lemos Carsalade atualmente é diretor da Editora UFMG. Ele foi presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e do Instituto de Arquitetos do Brasil no Estado, e secretário de Administração Urbana Regional Pampulha da Prefeitura de Belo Horizonte. Foi diretor e vice-diretor da Escola de Arquitetura. Sua atuação está concentrada na área de planejamento e projetos de edificação e urbanismo, com ênfase em patrimônio cultural.
O livro “Estação em Movimento – A História da Praça da Estação em Belo Horizonte”, de Flávio de Lemos Carsalade, é resultante do projeto aprovado na Lei Estadual de Incentivo à Cultura pelo produtor cultural Theo Mendonça, diretor executivo da Elos Produção Criativa, empresa especializada em produção cultural e projetos Leis de Incentivo.