selo npgau

O selo npgau, um dos selos editoriais da Editora da Escola de Arquitetura, integra a política de visibilidade e impacto social do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG (NPGAU), promovendo a divulgação da produção de excelência de seus docentes, discentes e egressos. O selo é composto pela coleção npgau, iniciada em 2020, e por coleções especiais. A coleção npgau publica livros autorais e coletâneas submetidos a uma chamada anual. Os títulos que melhor expressam a diversidade teórica, crítica e temática da produção do Programa são selecionados por um Conselho Editorial e publicados pelo selo npgau. Em 2022 o selo npgau iniciou a coleção especial notório saber, com a publicação dos titulados indicados pelo Programa para reconhecimento de Notório Saber. A coleção foi elaborada em parceria com a Comissão Permanente de Acompanhamento do Notório Saber na UFMG, vinculada à Pró-reitoria de Pós-graduação, e pretende ser extensiva à adesão de outros programas e editoras da UFMG que tenham a intenção de divulgar os saberes tradicionais reconhecidos como Notório Saber pela UFMG. Para os trabalhos de revisão, projeto gráfico e diagramação dos livros do selo npgau são contratados estudantes do Programa. Cada título tem tiragem mínima de 300 exemplares, prioritariamente distribuídos de forma gratuita para bibliotecas de programas de pós-graduação do país e para professores visitantes e convidados. Todos os títulos são disponibilizados para livre acesso abrindo as referências abaixo.

 

  • Bessa, Altamiro Sérgio Mol (ed.). A unidade múltipla: ensaios sobre a paisagem. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2021. 272 p. ISBN: 978-65-89221-00-5

    Bessa, Altamiro Sérgio Mol (ed.). A unidade múltipla: ensaios sobre a paisagem. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2021. 272 p. ISBN: 978-65-89221-00-5

     

    Este livro foi selecionado pela comissão editorial do NPGAU, na chamada interna NPGAU 02/2020 de livros de docentes, para integrar a coleção npgau. Neste livro, o leitor percorrerá um instigante colóquio, expressão do vasto potencial teórico, metodológico, cultural e afetivo da paisagem. São contribuições de múltiplos campos, antropologia, arquitetura, etnografia, filosofia, geografia e música, trazidas pelos sensíveis pensamentos dos professores: Adriana Veríssimo Serrão; Altamiro Sergio Mol Bessa; Augustin Berque; Claudia Ribeiro; Frederico de Paula Tofani; Maria Angela Faggin Pereira Leite; Marieta Cardoso Maciel; Rogério Vasconcelos Barbosa; Tim Ingold e Vladimir Bartalini.

  • Mayer, Joviano Maia. O comum no horizonte da metrópole biopolítica. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2021. 300 p. ISBN: 978-65-89221-01-2

    Mayer, Joviano Maia. O comum no horizonte da metrópole biopolítica. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2021. 300 p. ISBN: 978-65-89221-01-2

     

    Este livro foi selecionado pela comissão editorial do NPGAU, na chamada interna NPGAU 03/2020 de livros de discentes e/ou egressos, para integrar a coleção npgau. Este livro parte de uma aposta política que se confirma a cada novo embate travado nas metrópoles brasileiras: a centralidade do comum nas lutas em tempos de capitalismo financeiro globalizado. Se de um lado o comum está ameaçado pela disseminação das parcerias público-privadas sob o urbanismo neoliberal, por outro abre-se como possibilidade para a produção de resistências positivas e novas subjetividades. O comum é tanto trincheira privilegiada de enfrentamento ao Estado- capital — a defesa dos bens comuns no contexto da cidade-empresa do urbanismo neoliberal —, quanto expressão das novas formas organizativas dos movimentos multitudinários na atualidade. O debate teórico em torno do comum passa pela crise do fordismo, pela ascensão do neoliberalismo com a ofensiva público-privada sobre os bens comuns, pelas mutações no mundo do trabalho e do chamado capitalismo cognitivo e imaterial, até a emergência da multidão como sujeito político da contemporaneidade. No contexto de hegemonia da cidade-empresa e do planejamento estratégico é razoável acreditar que a construção de espaços comuns seja um importante horizonte de confluência das forças vivas que enfrentam o Estado-capital. O texto é atravessado por excursos — ou “rolezinhos” —, escritos de modo processual a partir das resistências positivas vivenciadas em copesquisa cartográfica, método adequado a ativistas que mais do que analisar as cidades, desejam transformá-las.

  • De Brot, Felipe Carnevalli. Os mundos entre nós: cinema e produção do espaço. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 256 p. ISBN: 978-65-89221-03-6

    De Brot, Felipe Carnevalli. Os mundos entre nós: cinema e produção do espaço. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 256 p. ISBN: 978-65-89221-03-6

     

    Este livro foi selecionado pela comissão editorial do NPGAU, na chamada interna NPGAU 03/2021 de livros de discentes e/ou egressos, para integrar a coleção npgau. Filmar a aldeia, a militância por direito à moradia, os rituais no pátio do quilombo, a vida nas ruas da cidade e as relações com os espíritos da mata é também inventar formas compartilhadas de pensar e de se engajar no espaço. Os mundos entre nós: cinema e produção do espaço busca abordar as diversas questões espaciais envolvidas nas práticas fílmicas de coletivos historicamente excluídos dos processos de tomada de decisão sobre as cidades. São indígenas, quilombolas, moradores de ocupações urbanas e jovens em situação de rua que, por diferentes contextos e meios, passaram a produzir seus próprios filmes e a articular novas formas de lidar com o mundo a partir da imagem.

  • Pinheiro, Cristiane Borda. Crônicas da drenagem urbana em Belo Horizonte: novos caminhos em meio a velhas práticas. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 216 p. ISBN: 978-65-89221-04-3

    Pinheiro, Cristiane Borda.Crônicas da drenagem urbana em Belo Horizonte: novos caminhos em meio a velhas práticas. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 216 p. ISBN: 978-65-89221-04-3

     

    Este livro foi selecionado pela comissão editorial do NPGAU, na chamada interna NPGAU 03/2021 de livros de discentes e/ou egressos, para integrar a coleção npgau. Desastres como o do verão de 2020 em Belo Horizonte expõem a falência do modelo hegemônico de urbanização e a urgência de sua revisão. Ainda que se atribua o agravamento dessa situação às mudanças climáticas, é fato que, pelo menos em Belo Horizonte, inundações acontecem desde a implantação da cidade, sugerindo que tal inadequação tem origem na desconsideração das características físicas locais e do comportamento das águas no meio urbano. Esta obra encara essa complexa análise a partir de uma perspectiva ao mesmo tempo peculiar e abrangente: de um lado, mobiliza críticas e discute teorias que propõem alternativas ao paradigma vigente; de outro, traz a experiência concreta dos planos, programas e projetos para a cidade retratados em episódios-chave, que evidenciam os limites e as dificuldades no enfrentamento das inundações. A história da drenagem em Belo Horizonte é recuperada, destacando as experiências exitosas da prefeitura, iniciadas no final dos anos 1990 — especialmente, o então promissor Programa Drenurbs, que levou a cidade a ser referência nacional no tema. Fruto de pesquisa de mestrado pelo npgau, o livro problematiza o porquê de essas proposições inovadoras ainda não terem conseguido se impor em um contexto em que convivem diversos interesses, muitas vezes contraditórios.

  • Silva, Geraldo Ângelo. Arquitetura da CARPE. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 220 p. ISBN: 978-65-89221-05-0

    Silva, Geraldo Ângelo. Arquitetura da CARPE. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 220 p. ISBN: 978-65-89221-05-0

     

    Este livro foi selecionado pela comissão editorial do NPGAU, na chamada interna NPGAU 03/2021 de livros de discentes e/ou egressos, para integrar a coleção npgau. A CARPE, Comissão de Construção, Ampliação, Reparo e Conservação dos Prédios Escolares, foi a instituição pública que mais projetou e construiu escolas em Minas Gerais — foram mais de três mil obras construídas. O resultado foi a mais bem-sucedida e duradoura experiência brasileira com racionalização de projetos arquitetônicos e padronização construtiva para edifícios escolares. Este livro revela sua história, desde sua criação em 1958 até sua extinção em 1987. Analisa, ainda, seu peculiar sistema produtivo e sua relevante contribuição no campo da arquitetura. Esta publicação, baseada numa leitura crítica de documentos originais, visitas, reportagens e obras, tem como intenção ampliar o entendimento desse sistema de produção e colaborar para a reconstituição de certa lacuna historiográfica arquitetônica dedicada às obras não monumentais e do cotidiano.

  • Marangoni, Daniele Nunes de Britto. Por práticas emancipatórias no planejamento urbano. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 252 p. ISBN: 978-65-89221-04-3

    Marangoni, Daniele Nunes de Britto. Por práticas emancipatórias no planejamento urbano.Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 252 p. ISBN: 978-65-89221-04-3

     

    Este livro foi selecionado pela comissão editorial do NPGAU, na chamada interna NPGAU 03/2021 de livros de discentes e/ou egressos, para integrar a coleção npgau. Este livro trata da favela Alto das Antenas e deriva da dissertação de mestrado defendida no NPGAU/EAU-UFMG. Sua escrita foi impulsionada pela Menção Honrosa recebida no XII Prêmio Brasileiro Política e Planejamento Urbano e Regional de Dissertações de Mestrado da ANPUR, o que afirmou a relevância da temática abordada. A história de existência e resistência dessa favela, após processo de remoção pelo Programa Vila Viva da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, revela a natureza heterônoma das intervenções públicas estruturantes em favelas, que não alcançam reconhecer o modo de vida de seus moradores, impondo-lhes os padrões da classe média. Em contraponto a tais práticas, a emancipação que se pretende em um “planejamento emancipatório” está diretamente voltada a um sujeito, buscando possibilitar-lhe pequenos ganhos de autonomia. A partir da compreensão tanto do Alto das Antenas como um espaço socialmente formado quanto das suas dinâmicas sócio-espaciais, bem como do reconhecimento de seus moradores como ‘sujeitos da ação transformadora’, este livro visa orientar a atuação técnica do planejador/ produtor do espaço a práticas emancipatórias no planejamento urbano. Ao mesmo tempo, destina-se aos moradores dessa favela, como forma de registro e instrumentalização de sua luta e sua resistência.

  • Passos, Flora d’El Rei Lopes. Mariana, cidade tombada, territórios tomados. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 256 p. ISBN: 978-65-89221-02-9

    Passos, Flora d’El Rei Lopes. Mariana, cidade tombada, territórios tomados. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 256 p. ISBN: 978-65-89221-02-9

     

    Este livro foi selecionado pela comissão editorial do NPGAU, na chamada interna NPGAU 03/2021 de livros de discentes e/ou egressos, para integrar a coleção npgau. O rompimento da barragem de rejeitos de minérios de Fundão ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, sob responsabilidade das empresas Samarco/Vale/bhp, foi um desastre-crime sem precedentes no Brasil e no mundo. No município de Mariana, Minas Gerais, diversas localidades foram atingidas: Bento Rodrigues, Camargos, Ponte do Gama, Paracatu de Cima, Paracatu de Baixo, Borba, Pedras e Campinas. A pesquisa que antecedeu este livro incluiu métodos de levantamento de informações e de escrita que buscam dar protagonismo às pessoas atingidas, destacando aspectos dos processos de desterritorialização, ruptura dos modos de vida, ações em torno do patrimônio cultural, bem como da contínua violação de direitos no processo de reparação de danos em execução pela Fundação Renova, criada pelas empresas mineradoras. Mariana é uma cidade tombada, ou seja, patrimonializada, que integra territórios tomados, ora tomados pelos interesses do mercado, das grandes empresas da mineração, ora tomados pelos seus moradores, que se sentem pertencentes e se apropriam coletivamente e cotidianamente dos espaços.

  • Dangelo, André Guilherme Dornelles. A cultura arquitetônica em Minas Gerais no século XVIII: engenheiros, mestres de obras e arquitetos. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 288 p. ISBN: 978-65-89221-07-4

    Dangelo, André Guilherme Dornelles. A cultura arquitetônica em Minas Gerais no século XVIII: engenheiros, mestres de obras e arquitetos. Belo Horizonte: Coleção NPGAU, 2022. 288 p. ISBN: 978-65-89221-07-4

     

    Este livro foi selecionado pela comissão editorial do NPGAU, na chamada interna NPGAU 02/2021 de livros de docentes, para integrar a coleção npgau. Este livro buscou trazer novas contribuições para os estudos sobre a cultura arquitetônica em Minas Gerais no século XVIII e os agentes culturais que a produziram, numa tentativa de reverter paradigmas defendidos pela historiografia modernista do início do século XX. Partimos da conceituação de circularidade cultural para compreender a importância da circulação de pessoas e fontes gráficas na produção da arquitetura na Capitania de Minas Gerais. Procuramos elucidar as circunstâncias históricas do processo de migração de construtores portugueses para Minas ao longo do século XVIII, fossem eles mestres de ofício, engenheiros militares, mestres de obras ou riscadores de arquitetura. E, por fim, à luz das novas contribuições historiográficas das últimas décadas, atualizamos as biografias de dez, dos principais agentes ligados à produção da arquitetura mineira dos Setecentos.

  • Babau, Rosivaldo Ferreira da Silva. É a terra que nos organiza. Belo Horizonte: Coleção Especial Notório Saber NPGAU, 2022. 176 p. ISBN: 978-65-89221-08-1

    Babau, Rosivaldo Ferreira da Silva. É a terra que nos organiza. Belo Horizonte: Coleção Especial Notório Saber NPGAU, 2022. 176 p. ISBN: 978-65-89221-08-1

     

    Liderança indígena atuante na região da Serra do Padeiro, entre os municípios de Buerarema, Ilhéus e Una, a cerca de quinhentos quilômetros de Salvador, Bahia, Cacique Babau é detentor de um pensamento que une teoria e prática na experiência territorial de defesa dos direitos humanos, dos direitos da natureza e da coexistência de diversos modos de vida. Suas ideias alternativas aos modelos tradicionais de ensino o fizeram criticar a educação praticada em seu município e elaborar coletivamente uma proposta intercultural e contracolonial de educação escolar para crianças e adultos, indígenas e não indígenas, reivindicando a história oral Tupinambá como História também a ser ensinada, reiterando a estreita ligação entre a luta pela educação e a luta pela terra.

  • Oliveira, Joelson Ferreira de. As lutas existem pela nossa terra. Belo Horizonte: Coleção Especial Notório Saber NPGAU, 2022. 160 p. ISBN: 978-65-89221-09-8

    Oliveira, Joelson Ferreira de. As lutas existem pela nossa terra. Belo Horizonte: Coleção Especial Notório Saber NPGAU, 2022. 160 p. ISBN: 978-65-89221-09-8

     

    Importante pensador e articulador do Assentamento Terra Vista e da Teia dos Povos, no entorno de Ilhéus-Itabuna, na Bahia, Joelson Ferreira de Oliveira vem atuando há mais de vinte anos na proposta epistêmica e cosmopolítica de união negra-indígena-popular, articulando povos e grupos do campo e das periferias da cidade em torno da defesa da terra e dos territórios, da solução de conflitos socioambientais e da construção de processos de transição agroecológica. A ideia de que o assentamento, a floresta, o rio, a roça, o quintal — o território — são a escola gerou a proposta de quatro escolas: Escola do Arco da Flecha e do Maracá; Escola dos Quilombos, Terreiros e Tambores; Escola das Águas e das Marés; e Escola da Floresta, do Cacau e do Chocolate. As Quatro Escolas da Teia dos Povos desenvolvem parcerias com várias instituições, compartilhando experiências, esperanças e projetos para um mundo mais justo, saudável e onde sejam possíveis reparações pela violência perpetrada cotidianamente.