O Programa
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Histórico e evolução do Programa
INTRODUÇÃO
O Programa foi criado em 1994 por um núcleo de cinco professores, que se expandiu paulatinamente até aos atuais 21 professores permanentes e 8 colaboradores. O curso de Mestrado iniciou-se em 1995, seguido do curso de Doutorado, em 2009. Em 2020 o programa já contabilizava mais de 400 egressos. O Programa conta com 15 grupos de pesquisa, sendo que 20 professores credenciados atuam em suas coordenações, além de três professores coordenando os laboratórios PET e LAGEAR. O Programa recebe apoio sistemático de órgãos de fomento e tem firmado um número crescente de convênios e intercâmbios institucionais, no país e no exterior, propiciando o desenvolvimento de redes de ensino, pesquisa e extensão, com repercussão importante também na graduação. Para além do âmbito acadêmico, a expertise técnica e científica do Programa se reflete em múltiplas atividades de assessoria técnica e consultoria a órgãos da administração pública, movimentos sociais, organizações não-governamentais, empresas e outras entidades da sociedade civil. Entendemos que os avanços alcançados ao longo de um quarto de século de existência do NPGAU e seu caráter dinâmico frente às crescentes demandas acadêmicas, institucionais e sociais se devem à dedicação, ao espírito coletivo e à diversidade de seus docentes e discentes, bem como à estrutura que a UFMG oferece.
ANTECEDENTES
Fundada em 1930, a Escola de Arquitetura da UFMG foi a primeira da América do Sul a nascer independente, não como parte de uma escola de Engenheira, Belas Artes ou Filosofia. A fundação deu-se sob a influência da Semana de Arte Moderna de 1922, com um curso de graduação centrado no projeto e uma produção de estudantes e egressos afinada com novas concepções plásticas, construtivas e funcionais. Em 1950 foi criado um curso de especialização em Urbanismo, que funcionou até 1990, conferindo o título de Urbanista. Os primeiros esforços sistemáticos de pesquisa na Escola remontam a 1959, quando da criação do Instituto Superior de Pesquisas para o Planejamento, sob coordenação do professor Sylvio de Vasconcellos, e as Edições Escola de Arquitetura, que publicaram, até 1963, 67 títulos de repercussão nacional e internacional. Com o golpe militar de 1964, o Instituto foi fechado e Sylvio de Vasconcellos foi compelido a deixar o país, o que teve um efeito devastador para a pesquisa na Escola. Os cursos mantiveram a qualidade da formação profissional porque os professores eram de reconhecida competência, mas, sem o respaldo da pesquisa como instância de reflexão e crítica, prevaleceu uma reprodução das experiências do mercado de trabalho com poucas inserções de novas práticas pedagógicas e acadêmicas. Apenas no fim da década de 1980 houve uma rearticulação para o desenvolvimento da pesquisa, alinhada a uma reorientação mais geral da UFMG. A Escola de Arquitetura passou a dar prioridade à titulação dos docentes e à contratação de docentes titulados. Disso resultou, em 1994, a criação do então chamado Núcleo de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo ou NPGAU.
IMPLANTAÇÃO 1994-1998
O projeto inicial do NPGAU se estruturou inicialmente em duas áreas de concentração (Teoria e Prática do Projeto Arquitetônico e Urbanístico; Análise Crítica e Histórica da Arquitetura e do Urbanismo) e oferecia o curso de Mestrado em Arquitetura e um curso de Especialização em Revitalização Urbana e Arquitetônica. Apoiava-se nas competências dos departamentos da Escola (Projetos, Urbanismo, Tecnologia e Análise Crítica e Histórica) e na interface com outros departamentos da UFMG em áreas afins. Norteou o projeto a ideia de um curso de mestrado que qualificasse para o ensino e a pesquisa e formasse competências técnico-profissionais avançadas, priorizando, não uma extensa grade curricular, mas o desenvolvimento da pesquisa científica. As disciplinas obrigatórias de fundamentação teórica e as disciplinas optativas de complementação de conhecimentos somavam apenas 11 créditos a integralizar, dando ao mestrando mais tempo para a pesquisa propriamente dita. Essa estrutura conferiu ao curso o caráter flexível preconizado pela UFMG, mas divergia em alguns aspectos do entendimento então predominante na CAPES. Na avaliação de 1996, o respectivo Comitê considerou a estrutura curricular inadequada, recomendado aumentar o número de créditos exigidos e a oferta de disciplinas. O NPGAU acatou as recomendações, sem abrir mão da ênfase nas atividades de pesquisa. Além disso, seus primeiros anos coincidiram com a titulação de vários professores do departamento de Urbanismo, o que aumentou a participação na pós-graduação e levou à mudança do nome do curso para Mestrado em Arquitetura e Urbanismo e à ampliação do corpo docente, chegando a dez professores em 1998.
CONSOLIDAÇÃO 1999-2009
A década de 2000 foi o período de consolidação do NPGAU, assim como da pós-graduação na área de Arquitetura, Urbanismo e Design no Brasil. Seu processo de expansão e amadurecimento, reflexo também de exigências maiores e mais específicas da CAPES, levou a gradativos ajustes e inovações. Em 2001 o NPGAU procedeu a uma reforma curricular parcial. Em 2002 realizou-se o I Seminário de Avaliação da Pós-Graduação, de cujas discussões emergiram propostas para integrar novos docentes e novos temas, rearticular linhas e grupos de pesquisa e criar um curso de Doutorado. Em 2003 realizou-se o II Seminário, tendo por temas centrais a integração com a graduação e o credenciamento de docentes. Apesar dessas adequações e da produtividade crescente, o Programa permaneceu com a nota 3 na avaliação do triênio 2001-2003. É verdade que houve problemas no processo de avaliação, levando 90% dos programas de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo do país a recorrer do resultado. Mas também é verdade que essa avaliação motivou uma implantação mais ágil das novas propostas no NPGAU. Com o apoio da Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFMG, de numerosas discussões internas, trocas de informações com outros programas nacionais e internacionais, bem com um Fórum de Egressos, chegou-se a uma reestruturação de áreas de concentração e linhas de pesquisa, com uma nova grade curricular e uma revisão do Regulamento, revertendo pontos frágeis e fortalecendo as características pelas quais o Programa se destacava positivamente no cenário nacional. Tais mudanças foram aprovadas em 2006 e implantadas no início de 2007. O amadurecimento do Programa refletiu-se na avaliação do triênio 2004-2006, na qual obteve nota 4 e a recomendação expressa de implantação do Doutorado. O Comitê acentuava a “boa proporção de docentes com bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq”, o financiamento institucional externo das pesquisas, o envolvimento de bolsistas de iniciação científica e, em relação à produção intelectual, “resultados excelentes, sendo a maior média da área”. A proposta de Doutorado foi aprovada em 2008, seguindo-se o processo de seleção e o início do funcionamento, no primeiro semestre de 2009. No final desse mesmo ano, 14 professores permanentes e um colaborador integravam o corpo docente do NPGAU. Alguns deles lideraram a comissão que, no âmbito do programa REUNI, elaborou o projeto pedagógico do curso noturno de graduação em Arquitetura e Urbanismo, considerado inovador no país. Concluindo essa fase, realizou-se o III Seminário de Avaliação do NPGAU, com discussões sobre o currículo e a experiência de implantação do doutorado. A avaliação da CAPES no triênio 2007-2009 conferiu ao Programa a nota 5, salientando os bons resultados das mudanças iniciadas em 2005 e a qualidade da proposta de doutoramento, da infraestrutura geral e da produção científica.
EXPANSÃO 2010-2012
O triênio 2010-2012 caracterizou-se por uma expansão geral dos corpos docente e discente da EA-UFMG em decorrência da implantação do referido curso noturno de graduação, bem como de um novo curso de graduação em Design. Com contratações e titulações de professores na Escola, o NPGAU pôde ampliar o corpo docente para 17 professores permanentes e quatro colaboradores ao final do triênio, enquanto o corpo discente cresceu de um total de 57 estudantes no início de 2010 para 98 em 2012, devido sobretudo ao número crescente de doutorandos. Logo no início do triênio foram implantadas as mudanças acordadas no III Seminário de Avaliação, com incorporação de novas disciplinas optativas à grade curricular e a criação de novos tipos de atividades creditadas para os doutorandos, tendo por objetivo uma integração mais intensa com a graduação: o Estágio Docência na modalidade de seminários e oficinas temáticas, e as chamadas Atividades Acadêmicas Complementares. Em 2011 o processo de seleção de estudantes foi transferido do primeiro para o segundo semestre de cada ano letivo e criou-se a possibilidade de realização de arguição do projeto de pesquisa à distância. O edital de seleção para ingresso em agosto de 2012 foi publicado já em novembro de 2011, com processo seletivo em abril de 2012. Essa mudança mostrou resultados: o número de candidatos dobrou entre a seleção de novembro de 2010 e a seleção seguinte, em abril de 2012. Os demais investimentos do Programa no triênio enfocaram sobretudo a publicação da produção científica em periódicos de excelência, o aumento da produtividade discente, a institucionalização das cooperações no país e no exterior, a participação em eventos internacionais qualificados e a produção técnica de assessoria e consultoria a organizações públicas e sociais. A avaliação trienal 2010-2012 consolidou a nota 5, com o conceito geral ‘Muito Bom’ em todos os quesitos, destacando-se “produção intelectual qualificada acima da média da área de conhecimento”.
RECONHECIMENTO DA EXCELÊNCIA 2013-2016
Em outubro de 2013 realizou-se um Fórum de Avaliação do NPGAU, que congregou o corpo docente e representantes do corpo discente. Acordaram-se como metas para os anos seguintes uma articulação concentrada na inserção social e na internacionalização das atividades de pesquisa, ensino e extensão, tal como caracterizadas nos respectivos itens deste relatório. Além disso, havia em 2013 uma necessidade de revisão do Regulamento do Programa em função das novas Normas Gerais de Pós-graduação da UFMG, com adequações formais e de conteúdo. As propostas discutidas no Fórum foram reavaliadas pelo Colegiado quanto à operacionalidade e à legalidade e aprovadas em 30/10/2013. Seguiram-se a aprovação pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação em 01/07/2014 e a implantação em 2015. Em abril do mesmo ano realizou-se o IV Seminário de Avaliação do NPGAU, para um debate sobre os resultados alcançados, as perspectivas futuras e aspectos a melhorar. De uma maneira geral, consideramos que o quadriênio trouxe avanços significativos nas bases de formação, internacionalização, cooperação, nucleação e visibilidade do NPGAU, no contexto acadêmico e na sociedade. O Programa titulou 65 mestres e 39 doutores nesse período, com teses e dissertações premiadas pela ANPUR, pela CAPES, pela UFMG e pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG). Seu corpo discente foi de 67 mestrandos e 69 doutorandos ao longo de 2016, e seu corpo docente cresceu para 21 professores permanentes e três colaboradores. A estrutura curricular foi paulatinamente atualizada, seja quanto às diversas atividades previstas nos percursos de mestrandos e doutorandos, seja quanto à grade curricular. O Programa está articulado em redes nacionais e internacionais de pesquisa, com intercâmbios regulares de professores e estudantes. Em 2016 aprovou o primeiro Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) na área de Arquitetura e Urbanismo. Os docentes do Programa coordenaram 76 projetos e subprojetos de pesquisa, extensão, inovação e interinstitucionais. O Programa prestou consultoria e serviços técnicos e de pesquisa a Prefeituras e órgãos do estado de Minas Gerais, ao Ministério Público Federal, a Defensoria Pública e aos mais diversos movimentos sociais. Além disso, foram desenvolvidos três programas especiais de inovação do ensino de graduação e houve envolvimento direto em experiências inéditas de formação, incluindo o Ensino Básico. Na avaliação quadrienal 2013-2016 o Programa foi um dos 4 da área de Arquitetura, Urbanismo e Design que tiveram sua excelência reconhecida pela CAPES, alcançando a nota 6.
CONSOLIDAÇÃO DA EXCELÊNCIA 2017-2020
O quadriênio 2017–2020 se caracteriza pela consolidação do ritmo de crescimento do programa, tendo duas demandas bem específicas. Uma primeira de docentes e discentes para revisão curricular, visando atender a diversidade de métodos, novas demandas sociais e possibilidades tecnológicas das pesquisas, e uma segunda demanda externa, de professores recém doutores que ingressaram na UFMG (na própria Escola de Arquitetura e em outras faculdades, como Economia e Geografia, por exemplo), para integrarem o corpo docente do NPGAU. Como a UFMG está ainda formulando seu processo de autoavaliação, nesse quadriênio o NPGAU promoveu uma série de reuniões ampliadas para discussão de demandas que chagaram ao Colegiado e, em 2020, desenvolveu sua primeira proposta de sistematização do processo de autoavaliação. Foram promovidas discussões em pequenos grupos e assembleias, com estudantes (09/05/2017) e professores (12/05/2017; 12/05/2017; 05/10/2017; 14/11/2017; 03/05/2018). No início de 2017 já havia questionamento sobre a pertinência de manter uma única disciplina obrigatória de metodologia científica para os mestrandos, sendo que a diversidade dos problemas de pesquisa demandavam métodos e técnicas variados, e alguns docentes já começavam a oferecer disciplinas optativas abordando aspectos metodológicos de interesse tanto de mestrandos quanto de doutorandos. O Colegiado aprovou a extinção da obrigatoriedade da disciplina "Metodologia da pesquisa científica aplicada à Arquitetura e Urbanismo” para o Mestrado, e iniciou uma série de discussões sobre reforma curricular visando também adequar o Regulamento do NPGAU às novas Normas Gerais de Pós-graduação da UFMG, que começaram a vigir em julho de 2017. No Regulamento foi decidido manter os princípios da transparência, objetividade e facilidade de consulta, incluindo a possibilidade de transferência de mestrandos e doutorandos de outros programas da mesma área, a possibilidade de professores visitantes integrarem o corpo docente, e o incentivo à integração com a graduação e com ensino básico. Foi decidido também propor Resoluções com diretrizes específicas à sua temática, anexas ao Regulamento. São elas a Resolução de Bolsas (incluindo cotas e critérios socioeconômicos para seleção dos bolsistas), Resolução de Orientações (estabelecendo limite de oito orientandos por orientador, podendo ampliar o limite em casos excepcionais), Resolução de Atividades Acadêmicas (definindo as atividades aceitas e respectivos créditos), Resolução de Mudança de Nível (incluindo defesa da dissertação de mestrado em até 90 dias da aprovação da mudança de nível pela Pró-reitoria de Pós-graduação), Resolução de Credenciamento de docentes (que inova por propor edital para credenciamento de permanentes e colaboradores). O novo Regulamento foi aprovado pelo Colegiado do Programa em 23/10/2017 e pela Pró-Reitoria de Pós-graduação da UFMG em 02/05/2018. Em 2018 o NPGAU lançou edital para credenciamento de docentes permanentes e colaboradores, com uma grande procura de professores com perfil de colaborador (recém ingressos na universidade e/ou recém doutores, com grande potencial de se tornarem permanentes no futuro próximo). Foram credenciados quatro colaboradores, obedecendo o limite de 30% do corpo docente do programa.
Houve outras duas reuniões ampliadas (14/11/2017 e 03/05/2018) para discutir a inclusão no currículo de um grupo de disciplinas específico para a abordagem das questões metodológicas sob diferentes perspectivas, a atribuição de disciplinas com oferta regular (optativas regulares ou de caráter permanente) aos professores permanentes recém ingressos ou que ofertavam tópicos enquanto eram colaboradores, e a adequação das disciplinas de estágio docência em módulos de 15h, 30h, 45h e 60h, correspondendo à oferta das disciplinas de graduação em que será realizado o estágio. A nova grade curricular do Programa foi aprovada pelo Colegiado em 07/05/2018 e pela Pró-Reitoria de Pós-graduação da UFMG em 14/06/2018, entrando em vigor no segundo semestre de 2018. Houve ainda uma reunião ampliada (06/03/2018) por demanda da Pró-reitoria de Pós-graduação da UFMG, em que o NPGAU decidiu integrar o Projeto Institucional de Internacionalização da UFMG, participando da proposta enviada ao Edital CAPES-Print em 2018. A UFMG teve sua proposta aprovada e o NPGAU teve demanda de internacionalização contemplada já em 2019.
Com a expansão do Programa e ampliação de sua visibilidade, aumentaram as solicitações para supervisão de pós-doutorado, que vinham sendo tratadas como demandas de fluxo contínuo. Em 2019 o Colegiado decidiu propor duas chamadas públicas anuais para candidatos ao Pós-doutorado, com comissão de seleção composta por três membros do corpo docente. A Resolução do Pós-doutorado será elaborada em 2021, em função da recente regulamentação da matéria pela Pró-reitoria de Pós-graduação da UFMG. Ainda como resultado da expansão do Programa, aumentaram também as solicitações de auxílio financeiro por docentes e discentes, seja para trabalho de campo, para participação em eventos, para promoção de eventos ou para trazer professores visitantes. Para organizar as demandas e uma distribuição mais justa dos recursos, foram criadas quatro chamadas anuais, que também serão objeto de Resolução no futuro próximo.
Em 2017, o Programa titulou 16 mestres e 11 doutores. Seu corpo discente foi de 54 mestrandos e 67 doutorandos ao final do ano, e seu corpo docente cresceu para 24 professores permanentes e um colaborador. Os docentes coordenaram 79 projetos e subprojetos de pesquisa, extensão, inovação e interinstitucionais.
Em 2018, o Programa titulou 26 mestres e 8 doutores. Seu corpo discente foi de 51 mestrandos e 78 doutorandos ao final do ano, e seu corpo docente permaneceu com o mesmo número de 24 professores permanentes e um colaborador. Os docentes coordenaram 78 projetos e subprojetos de pesquisa, extensão, inovação e interinstitucionais.
Em 2019, o Programa titulou 15 mestres e 18 doutores. Seu corpo discente foi de 54 mestrandos e 81 doutorandos ao final do ano, e seu corpo docente expandiu para 29 professores, sendo 21 permanentes e oito colaboradores. Ao todo, os docentes coordenaram 92 projetos e subprojetos de pesquisa, extensão, inovação e interinstitucionais.
Em 2020, ano totalmente atípico divido à pandemia, o Programa manteve os 21 docentes permanentes e oito colaboradores. Ressaltamos que mesmo com a entrada dos novos docentes segundo edital de credenciamento, o NPGAU continua mantendo um corpo docente bastante experiente, sendo que quatro permanentes concluíram seus doutorados na década de 1990, 15 na primeira década dos anos 2000 e dois concluíram em 2011 e 2012. Entre os colaboradores, um concluiu o doutorado na década de 1990, um na primeira década dos anos 2000 e os outros concluíram na segunda década dos anos 2000. O tempo médio de titulação de todos os docentes credenciados é de 13 anos, sendo que o tempo médio de titulação dos permanentes é de 15 anos e dos colaboradores é de 8 anos. Ressalta-se a variedade dos perfis dos docentes credenciados como colaboradores, desde o Professor Carlos Antônio Leite Brandão, doutor desde 1997, que depois de aposentar-se optou por manter o vínculo como voluntário mas sem as atividades de um docente permanente; passando pelo professor Rogério Palhares, que tem uma experiência profissional extremamente relevante e ingressou na academia após seu doutorado (concluído em 2009); até os outros seis professores cujos doutorados foram concluídos nos últimos nove anos e que inovam em áreas variadas de pesquisa, mas ainda sem muita experiência de orientação e coordenação de pesquisas.
Refletindo os esforços do quadriênio anterior, teses, dissertações, publicações e outras produções do Programa, em 2017, 2018, 2019 e 2020, foram premiadas por instituições nacionais e internacionais. Registram-se duas defesas internacionais em regime de cotutela em 2018 e 2019 e, no quadriênio, 16 doutorandos (dez bolsistas PSDE, duas bolsistas CAPES-Print e quatro com recursos próprios) realizaram estágio no exterior. Ao longo do quadriênio, o Programa prestou consultoria e serviços técnicos e de pesquisa a prefeituras e órgãos do estado de Minas Gerais, ao Ministério Público Federal, a Defensoria Pública e aos mais diversos movimentos sociais. Foram desenvolvidos programas especiais de inovação do ensino de graduação e houve também envolvimento direto em experiências inéditas de formação, incluindo o Ensino Básico.
CONTEXTO GEOGRÁFICO
O NPGAU foi o primeiro PPG em Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais. Nos últimos anos criaram-se mestrados acadêmicos na Universidade Federal de Viçosa (2010), na Universidade Federal de Juiz de Fora (2010) e na Universidade Federal de Uberlândia (2013), mas até 2019 o NPGAU ainda era o único programa com nível de doutorado no estado (a UFV teve seu curso de doutorado aprovado em 2019), que somava nada menos que 60 cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Assim, seu papel na formação de professores e pesquisadores tem sido decisivo e suas demandas crescentes (o que é atestado pelas solicitações de inscrição nos últimos processos de seleção, girando entre 100 e 200 por ano). O Programa representa um núcleo de excelência, com um terço das vagas preenchidas por estudantes de outras regiões do estado e do país e uma grande proporção de egressos que se tornaram docentes ou que trabalham em serviços públicos. Cabe a interpretação de que a qualidade da formação do Programa e a infraestrutura da UFMG são os responsáveis por essa amplitude geográfica de proveniências dos seus mestrandos e doutorandos, já que Belo Horizonte não é propriamente uma cidade privilegiada como objeto de pesquisa em Arquitetura e Urbanismo de visibilidade global. Ao mesmo tempo, tem se evidenciado o movimento inverso, de realização de atividades de pesquisa, ensino e extensão do NPGAU em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e em muitas localidades do estado de Minas Gerais e outras regiões. A extensão contínua no campo do planejamento metropolitano iniciou-se em 2010, com o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da RMBH, e seguiu com o Projeto de Elaboração do Macrozoneamento Metropolitano. Para além da RMBH, muitas das pesquisas empíricas e ações de extensão do NPGAU tem sido realizadas em cidades médias e pequenas e em comunidades rurais e rururbanas, seja pela assessoria em Planos Diretores ou projetos urbanos e arquitetônicos, seja por cursos para técnicos de prefeituras, pesquisas de levantamento sócio-espacial, geoprocessamento, investigações de caráter etnográfico, proposições de interfaces e outros meios de informação e mobilização de comunidades locais. Destaca-se o envolvimento de discentes, docentes e egressos em cargos de diretoria na prefeitura de Belo Horizonte e como consultores em diversos órgãos públicos, contribuindo com a legislação urbanística. Há também um envolvimento cada vez maior de diversos grupos de pesquisa do NPGAU com assessoria técnica de arquitetura e urbanismo à grupos vulneráveis em ocupações urbanas, assentamentos precários urbanos e rururbanos, vilas e favelas.
INSERÇÃO NA ÁREA
As pesquisas do NPGAU se caracterizam por uma abordagem transversal e interdisciplinar a partir da área de conhecimento da Arquitetura e do Urbanismo e para o desenvolvimento dessa área. Muitos dos seus projetos e grupos de pesquisas integram pesquisadores com outras formações, sendo que aproximadamente 15% de seu corpo discente é de graduados em outras áreas (Direito, História, Geografia, Filosofia, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Letras, Tecnologia em Conservação e Restauro, Artes Plásticas, Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, e Design Gráfico), e mais de 50% do corpo docente tem doutorado em outras áreas (Planejamento Urbano e Regional, Filosofia, Geografia, História, Ciências Sociais, Ciências da Informação, Ciências Econômicas, Letras, Educação e Teoria da Arte). Mas o que estrutura o Programa em si é a investigação do espaço, de sua produção e sua experiência, sua história e sua teoria. Não há uma cisão entre áreas de concentração determinadas por afinidades externas (como seria o caso, por exemplo, de uma área de tecnologia alinhada com as Engenharias) e mesmo a estrutura das três linhas de pesquisa ordena as atividades do Programa de uma maneira não estanque. Justamente por essa razão, os pesquisadores do Programa têm sido capazes de interlocuções que inserem a dimensão espacial e sócio-espacial num cenário científico mais amplo em áreas tão diversas quanto a Saúde Pública, as Artes ou a Economia, por exemplo.
Os grupos de pesquisa coordenados pelos professores do NPGAU se ampliaram quantitativa e qualitativamente no último quadriênio, assim como no quadriênio 2017-2020. Hoje constituem, ao lado das linhas de pesquisa, uma das estruturas fundamentais do Programa. Na prática, é neles que se realiza grande parte do trabalho cotidiano de coleta, análise e sistematização de dados, de discussão e teorização, de articulação com parceiros nacionais e internacionais, ações de extensão, formulação de propostas para agências de fomento etc. Eles são espaços em que professores, doutorandos, mestrandos e graduandos efetivamente trabalham juntos (o que se reflete, por exemplo, nas muitas publicações em coautoria). Cada um dos grupos de pesquisa vinculados ao NPGAU, cadastrados no CNPq e certificados pela UFMG, tem ênfases temáticas e metodológicas próprias e uma organização interna correlata, sem prejuízo de articulações e interseções entre seus temas e de frequentes cooperações daí derivadas. Esses grupos têm se destacado particularmente em dois aspectos: o campo das tecnologias digitais e das novas possibilidades de sua aplicação na Arquitetura e no Urbanismo, com desenvolvimento de geodesign, sistemas de computação ambiental, projeto e fabricação digital, e interfaces para a produção colaborativa e autônoma; e na pesquisa teórica e empírica tanto estética quanto das estruturas sociais e políticas do espaço (arquitetônico, urbano, metropolitano), incluindo seus imaginários e discursos dominantes e dominados. Nesse sentido, os pesquisadores docentes e discentes do NPGAU têm sido capazes de sintetizar investigação histórica e reflexão teórica com uma forte base empírica e diversos tipos de proposições e prospecções com suporte tecnológico.
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Infraestrutura
LABORATÓRIOS DOS GRUPOS DE PESQUISA
O NPGAU oferece aos seus pós-graduandos, além do uso dos laboratórios abertos a toda a Escola de Arquitetura, a possibilidade de inserção nos grupos de pesquisa e uso dos respectivos laboratórios, cujos equipamentos provêm de recursos captados em projetos de pesquisa junto às agências de fomento (CNPq, CAPES, FAPEMIG, FINEP), às Pró-Reitorias de Graduação, de Pesquisa e de Extensão da UFMG, e a convênios com outras instituições nacionais e internacionais. Os laboratórios de pesquisa reúnem, além de professores, mestrandos e doutorandos do NPGAU, pesquisadores pós-doutores, recém-doutores, professores colaboradores e visitantes, bolsistas de iniciação científica, apoio técnico e monitoria. Eles estão relacionados a seguir, com uma descrição geral de seus focos temáticos e suas instalações.
ARQUITETURA, HUMANISMO E REPÚBLICA
O grupo Arquitetura, Humanismo e República, fundado em 2005, é coordenado pelos professores Carlos Antônio Leite Brandão e Cristiano Cezarino Rodrigues e conta com a participação de professores do Departamento de Filosofia e estudantes de pós-graduação e graduação. Desenvolve pesquisas teóricas e históricas relacionadas ao Humanismo, isto é, ao pensamento originado nos ‘studia humanitatis’ do Renascimento florentino, e à ideia de República, entendida como primazia do bem público e do mundo público sobre o mundo privado. Ultrapassando o contexto do Quattrocento, o grupo se dedica ao estudo da produção arquitetônica e urbanística orientada para este mundo comum, a partir de três focos: a arquitetura de matriz renascentista e suas relações com as artes, técnicas e ciências do período e da atualidade; o papel da arquitetura brasileira na construção de uma ‘res publica’; a conexão de arquitetura e urbanismo com os demais campos do conhecimento na perspectiva de uma ‘república de saberes’, como sugerido pela Renascença e requerido pelo século XXI. O grupo funciona na sala 407 da Escola de Arquitetura da UFMG, onde dispõe de estrutura física para reuniões e postos de trabalho com notebooks. O site do grupo é http://www.arq.ufmg.br/ahr/index1024.html.
BUREAU DE ESTUDOS SOBRE A IMAGEM E O TEMPO
O Bureau de Estudos da Imagem e do Tempo é um grupo de pesquisa criado em 2010 e coordenado, desde então, pela professora Patricia Franca-Huchet, professora Titular do Departamento de Desenho da escola de Belas Artes da UFMG, e professor Stéphane Huchet da Escola de Arquitetura da UFMG. O grupo organiza quase que anualmente um colóquio, sitiado na escola de Belas Artes, com temáticas que dizem respeito a questões críticas e históricas levantadas pelas Artes Visuais, sem restrição de tempo. Foram no total, sete colóquios em dez anos. Os participantes dos colóquios são professores–pesquisadores de Programas de Pós-graduação, geralmente convidados pelo grupo e apresentam palestras de 30 minutos. Doutorandos e mestrandos podem participar, quando a chamada para participação ao colóquio está aberta e difundida on-line. O colóquio é creditado como disciplina da Pós-graduação, atribuindo dois créditos aos ouvintes matriculados (alunos doutorandos ou mestrandos, alunos isolados, alunos eletivos). Os textos das comunicações geralmente são objeto de publicação, em geral parcial, seja on-line (existe projeto de publicação de dois dos colóquios pelo IEAT, através de e-book), seja na revista Pós, do Programa de Pós-graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG. O grupo costuma contar com a infraestrutura da Escola de Belas Artes da UFMG.
CA_AU
O grupo Computação Ambiental em Arquitetura e Urbanismo, criado em 2010, é coordenado pelos professores Renato César Ferreira de Souza e Maria Lúcia Malard. Considerando que a tecnologia da informação é uma das chaves para a construção e recuperação de espaços urbanos e arquitetônicos, o grupo busca desenvolver sistemas onde espaço e computação se entrelaçam, isto é, sistemas de computação móvel, computação contextual ou computação ubíqua. Um de seus objetivos é minimizar custosas intervenções físicas em áreas urbanas e edificações por meio de aplicativos digitais de apoio a atividades rotineiras. O grupo busca ainda habilitar estudantes, pesquisadores e outros interessados a usar tecnologias de informação para entender a multitude das questões ambientais, urbanas e arquitetônicas; experimentar ferramentas contemporâneas de análises de dados oriundos do ambiente arquitetônico e urbano; e desenvolver ferramentas de apoio ao projeto arquitetônico e urbano, para elaborar prospecções projetuais e solucionar problemas ambientais. O grupo é conveniado com o Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte, a Faculdade de Medicina da UFMG e a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) e a empresa de desenvolvimento de software Omnilogic. Grande parte das atividades do CA_AU é desenvolvida online, coletivamente, a partir de localidades diversas. Cabe ainda mencionar que o grupo absorveu parte das atividades do antigo grupo EVA (Estúdio Virtual de Arquitetura) que na década de 2000 desenvolveu processos informatizados de participação de usuários e de treinamento de mão-de-obra mutirante, com importantes inovações metodológicas no que diz respeito a empreendimentos habitacionais populares. O laboratório do grupo está na sala 304H da Escola de Arquitetura da UFMG, de cerca de 20 m2, equipada com 10 postos de trabalho com computadores desktop de plataforma MAC, PC e Linux de última geração, duas impressoras, projetor de multimidia e 4 notebooks para trabalho de campo. O grupo tem um site que divulga sua produção e promove discussões acerca do ambiente urbano http://pq.arq.ufmg.br/.
COSMÓPOLIS
O grupo Cosmópolis, criado em 2014, é coordenado pelas professoras Renata Marquez e Rita Velloso. Dedicado à investigação das práticas espaciais constituintes das múltiplas cosmologias, insurgências e coexistências urbanas, o grupo visa a estudar, prototipar e difundir novos imaginários para a vida cotidiana através de curadorias, ações, pedagogias, projetos e experimentos editoriais, e em diálogo com as artes, a política e os saberes tradicionais. Ele abriga grupos de estudo, encontros e debates de diversos movimentos cidadãos, além de funcionar como espaço de trabalho compartilhado e plataforma de fomento e desenvolvimento de projetos de interesse público para alunos e egressos, na mediação entre a universidade e a cidade. Participam do grupo os professores Adriano Mattos, Roberto Andrés e Wellington Cançado, da Escola de Arquitetura da UFMG. O laboratório do Cosmópolis funciona na sala 301 da escola, de cerca 70 m2, equipada com quatro grandes mesas de trabalho coletivo em que os estudantes e professores trabalham prioritariamente em notebooks, um computador desktop, impressora, scanner, guilhotina, uma pequena biblioteca de cerca de 100 títulos e mapoteca com material de projetos editorais (cartilhas, cartazes, catálogo de exposições, jornais coletivos etc.) feitos pelo grupo.
ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
O grupo é formado por professores do departamento de Economia da Face/UFMG com interface com o NPGAU/UFMG e por alunos de graduação e pós-graduação. Os professores diretamente envolvidos são Roberto Luís M. Monte-Mór, Sibelle Cornélio Diniz, e João Bosco M. Tonucci Filho, e tem como núcleo principal de atuação o Colmeia Solidária, coletivo de alunos dos cursos de Economia e Relações Econômicas Internacionais orientado pelos professores. Tem trabalhado na organização e promoção de feiras solidárias, na Face e na UFMG, e dá apoio a agentes e empreendimentos de economia solidária na capital e na região metropolitana, a exemplo do Shopping Popular Caetés. Organizou catálogos de empreendimentos de economia solidária ligados às feiras realizadas (mensalmente) e mantém articulações com outros grupos afins, a exemplo do Auê! Grupo de Agroecologia Urbana, sediado no IGC/UFMG. O Grupo é sediado na Faculdade de Economia da UFMG, na sala 2063, de 16 m2, onde há três grandes mesas/bancadas com dez computadores, três estantes de ferro e um quadro branco.
ENSINO DE PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO
O Grupo de pesquisa Ensino de Projeto de Arquitetura e Urbanismo é coordenado pelos professores Maria Lúcia Malard, Maurício José Laguardia Campomori, e composto por outros seis professores pesquisadores doutores e dois mestres (André Luiz Prado de Oliveira, Bruno Luiz Coutinho Santa Cecília, Carlos Alberto Batista Maciel, Eduardo Mascarenhas Santos, Flávio de Lemos Carsalade, Guilherme Nunes de Vasconcelos, Paula Barros e Renato Cesar Ferreira de Souza), todos vinculados ao Departamento de Projetos (PRJ) da Escola de Arquitetura da UFMG, onde o grupo é sediado. As pesquisas do grupo têm repercussão na organização didática e pedagógica dos cursos de arquitetura e urbanismo de instituições públicas e privadas que se encontram no âmbito de influência da UFMG. Através de eventos na área do ensino, os pesquisadores do grupo divulgam seus trabalhos e já se fazem notar influências em outros estados. O grupo também atua na formação de pesquisadores através da iniciação científica e da pós-graduação em nível de mestrado e doutorado. Publicou em 2018 o livro intitulado Aprender fazendo, resultado dos trabalhos do Grupo e mais especialmente de um colóquio realizado em Belo Horizonte, em setembro de 2017, e que tinha como objetivos principais constituir um panorama histórico sobre o ensino de projeto na Escola de Arquitetura da UFMG e apresentar possibilidades ou perspectivas de desenvolvimento dessa atividade para o futuro. Com o advento das publicações eletrônicas, o grupo tem experimentado produzir livros multimidiais de distribuição em mais de 36 países.
GEOLAB
O grupo Geoprocessamento na Gestão da Paisagem Urbana e Ambiental ou Geolab, criado em 2006, é coordenado pela professora Ana Clara Mourão Moura. Realiza pesquisas avançadas em tecnologias de geoinformação, com análise e modelagem de dados espaciais para estudos urbanos, regionais e da paisagem. Seu objetivo é difundir a cultura e a prática do geoprocessamento enquanto conjunto de métodos e técnicas de apoio à tomada de decisões, bem como instrumentalizar estudantes e pesquisadores no emprego das tecnologias da geoinformação para investigações de planejamento e gestão do espaço urbano e ambiental. O grupo dispõe de uma expressiva coleção de dados cartográficos, alfanuméricos, imagens de satélite e bancos de dados na forma de Sistemas de Informações Geográficas, resultantes de projetos de pesquisa, ensino e extensão. O grupo tem parceria com a Prodabel (Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte) e integra uma rede internacional de Geodesign com a San Diego State University, a Iowa State University (EUA), a Università Degli Studi di Cagliari e o Politecnico di Torino (Itália). Além da coordenadora, participam do grupo os professores Rogério Palhares e Alfio Conti, da Escola de Arquitetura da UFMG, outros professores do Departamento de Ciências da Computação e do Instituto de Geociências, além de egressos e pós-graduandos do Programa. O grupo dispõe de um laboratório na sala 410 da Escola de Arquitetura da UFMG, de cerca de 35 m2, equipada com 25 computadores desktop (que atende também a projetos de capacitação de pessoal técnico externo) e projetor multimidia. O grupo sistematiza suas produções no site http://geoproea.arq.ufmg.br.
INDISCIPLINAR
O grupo de pesquisa Indisciplinar, criado em 2013, é coordenado pela professora Natacha Silva Araújo Rena e pelo professor Marcelo Reis Savergnini Maia e integrado por mais de 40 professores, pesquisadores de diversos campos do conhecimento, graduandos, pós-graduandos e ativistas de movimentos sociais. Suas ações são focadas na produção contemporânea do espaço, considerando a importância da biopolítica nas metrópoles e os processos de globalização e tendo a dimensão do comum como ideia norteadora. Suas ações envolvem tanto processos destituintes contra o urbanismo neoliberal, quanto processos constituintes de novos espaços engendrados pela coletividade, com autonomia cidadã e em defesa do comum urbano. Isso inclui o desenvolvimento de pesquisas teóricas e conceituais, reuniões e atos junto aos movimentos, participação em audiências públicas, reuniões de conselhos municipais e estaduais e representações em Ministérios e Defensorias Públicas, organização tecnopolítica dos movimentos parceiros, cartografias colaborativas, eventos artísticos, aulões públicos, seminários, workshops etc. O grupo foi propositor do INCT: TECNOPOLÍTICAS: Territórios Urbanos e Redes Digitais, aprovado na Chamada INCT/2014. Associado ao grupo há um Programa de Extensão denominado IndLab_Laboratório Nômade do Comum. Desde 2015 o grupo edita a revista acadêmica digital Indisciplinar, com duas edições por ano. O Indisciplinar utiliza um conjunto de sala no 5º andar da Escola de Arquitetura da UFMG, de cerca de 80 m2, equipadas com 10 postos de trabalho, mesas de reunião e pequena biblioteca própria. O grupo divulga sua produção na wiki indisciplinar.com.
LABURB
O grupo Laboratório de Estudos Urbanos e Metropolitanos, criado em 2006, é coordenado pelas professoras Jupira Gomes de Mendonça e Junia Maria Ferrari de Lima (egressa do NPGAU), mantendo in memoriam a Professora Fernanda Borges de Moraes. Tem por objetivo central desenvolver pesquisas sobre a produção do espaço urbano e metropolitano, a atuação dos diversos agentes produtores desse espaço e suas interfaces, bem como as estruturas e desigualdades sócio-espaciais resultantes da expansão urbana e metropolitana. Seus trabalhos tem permitido contribuir para a formulação de políticas públicas de desenvolvimento urbano, tanto por meio de assessorias e consultorias técnicas quanto pela geração de informações e análises sobre a realidade urbana e metropolitana, particularmente de Minas Gerais. O Laburb integra a Rede Observatório das Metrópoles (CNPq/INCT), cuja coordenação regional é compartilhada entre a professora Jupira Gomes de Mendonça e o professor Alexandre Magno Alves Diniz, da PUC Minas. O LABURB funciona na sala 135 da EA-UFMG, de cerca 35 m2, equipada com cinco postos de trabalho com computador desktop, impressora laser, uma impressora multifuncional, um gravador, mesa de reunião e uma pequena biblioteca especializada de cerca de 80 volumes. A produção do grupo está disponível no site http://www.arq.ufmg.br/lab-urb/.
LAGEAR
O Laboratório Gráfico para Experimentação Arquitetônica ou LAGEAR, foi criado em 1993 como laboratório de ensino (Laboratório Gráfico para Ensino de Arquitetura), pioneiro nos cursos de arquitetura e urbanismo. Desde então dá suporte às disciplinas de fundamentação e instrumentação do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e, mais recentemente, desenvolve recursos de tecnologia digital aplicáveis à Arquitetura e ao Urbanismo articulando ensino, pesquisa e extensão de forma experimental. É coordenado pelos professores José dos Santos Cabral Filho e Ana Paula Baltazar e funciona como um lugar de experiências inovadoras de formação na graduação, experimentação de alunos de pós-graduação e como grupo de pesquisa que tem por enfoque a cibernética e abordagem da arquitetura como interface (processo aberto e não projeto acabado). (Parte de suas atividades estão detalhadas no campo 3. Experiências inovadoras de formação). O LAGEAR funciona no conjunto de salas 101 da EA-UFMG, de cerca de 150 m2, com 12 postos de trabalho com computadores desktop para bolsistas e quatro postos de trabalho para professores, além de espaço à parte para reuniões e orientações, uma biblioteca de cerca de 300 volumes, além de uma grande variedade de equipamentos menores e um estoque de componentes eletrônicos e mecânicos e outros materiais para dar suporte às pesquisas e aos experimentos da graduação e da pós-graduação. Numa das salas que compõem o espaço do laboratório, de cerca de 30 m2, fica a máquina CNC para fabricação digital, impressora 3D e diversos outros equipamentos de marcenaria, modelagem e maqueteria utilizados por muitos outros alunos da escola. A produção do grupo pode ser vista em http://www.mom.arq.ufmg.br/lagear/.
LIA
O Laboratório Interpretar Arquitetura – LIA, é coordenado pelos professores André Guilherme Dornelles Dangelo e Vanessa Borges Brasileiro. Tem por objetivo a valorização do estudo da História e da Teoria da Arte e da Arquitetura como fundamento para a formação crítica do arquiteto, e o resgate do objeto artístico-arquitetônico como documento histórico através de uma compreensão necessária de seus aspectos formais e materialidades ancorados nos princípios plásticos, estéticos e tecnológicos. Atua principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: Patrimônio cultural; Metodologias e práticas contemporâneas de ensino em História da Arquitetura; e A história e teoria da Arquitetura e da cidade e suas interfaces com os processos e procedimentos projetuais na atualidade. O grupo tem atuado no seminário e publicação da revista Interpretar Arquitetura, na discussão permanente das grades curriculares dos cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG no que tange à contribuição da História e Teoria da Arte e da Arquitetura, na revisão bibliográfica e metodológica dos temas e textos essenciais da História da Arte e da Arquitetura, e na formação da Rede de pesquisas em Arquitetura Brasileira, com vistas a formação de um centro de referência. O grupo realiza suas atividades nos gabinetes do departamento de Análise Crítica e Histórica da Arquitetura e do Urbanismo, no 4º andar da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG.
MOM
O grupo MOM (Morar de Outras Maneiras), criado em 2004, é coordenado pelas professoras Silke Kapp e Ana Paula Baltazar e pelo professor Roberto E. dos Santos e integra os professores Margarete Maria de Araújo Silva e Tiago Castelo Branco Lourenço. Desenvolve projetos de pesquisa, ensino e extensão relacionados à produção de moradias, do seu ambiente urbano e de outros espaços cotidianos, tendo por horizonte a autonomia dos diretamente interessados na produção do espaço. As pesquisas envolvem grupos e espaços muito diversos, mas que têm em comum o fato de não se enquadrarem nos padrões formais, instituídos com e para a produção capitalista (do espaço e de tudo o mais): indígenas, ciganos, pessoas com sofrimento mental grave, idosos, crianças e mulheres, em favelas, palafitas, ocupações, aldeias, quilombos, assentamentos e outras periferias urbanas e rurais. O principal objetivo do MOM tem sido compreender contradições sociais e espaciais, e investigar práticas de assessoria técnica que possam apoiar e ampliar a autonomia coletiva de grupos sócio-espaciais dissidentes ou marginalizados. Isso abrange teoria e história críticas, assim como educação popular e pesquisas empíricas e experimentais, com ênfase na criação de interfaces para a transformação social. O grupo integra a Rede MORAR TS de Tecnologia Social para a Moradia (FINEP), a Rede Projeto Água (Agência Nacional de Águas) e a rede internacional Smart City, e tem parcerias com a Bauhaus Universität de Weimar (Alemanha), com o Grupo de Pesquisa em Habitação e Sustentabilidade (HABIS) do IAU (USP), com o Curso de Especialização em Assessoria Técnica para o Habitat Urbano e Rural (ATHUAR) da UEMA, com a ONG Arquitetas sem Fronteiras, com o Instituto de Assessoria a Mulheres e Inovação (IAMí), e com o Escritório de Integração da PUC Minas. O MOM funciona na sala 100 da Escola de Arquitetura da UFMG, de cerca de 80 m2, equipada com 10 postos de trabalho com computadores desktop, impressora a laser, scanner, mesa de realidade aumentada, além de 3 projetores de multimídia, um servidor, diversos equipamentos menores para trabalho de campo (Ipad, gravadares, câmaras de audio e video etc.), uma mesa de trabalho coletivo para até oito pessoas, uma mesa de reunião e uma pequena biblioteca de 300 volumes e um acervo de maquetes. A produção do grupo é sistematizada no site www.mom.arq.ufmg.br/.
NARRATIVAS TOPOLÓGICAS
O grupo Narrativas Topológicas, criado em 2014, é coordenado pelo professor Frederico Canuto, com participação da Professora Luciana Bragança, da Escola de Arquitetura da UFMG, além de professores de outros departamentos e estudantes de pós-graduação e graduação. O Grupo tem por foco a investigação do potencial das narrativas contemporâneas envolvendo o espaço e suas múltiplas possibilidades de compreensão. Seu objetivo é pensar a narrativa como campo multiplicador de mundos em sua dimensão conflitiva a partir de epistemologias outras que não somente as dominantes. O trabalho de pesquisa do grupo estutura-se em diversas escalas territoriais sobrepostas: a arquitetura, o urbanismo como campo de trabalho no espaço socialmente vivido e produzido, com potencial de democracia radical, e a paisagem como tecido urbano global terrestre conformado por diversas ecologias artificiais e naturais, humanas e não-humanas. O grupo dispõe de laboratório na sala 405 B da Escola de Arquitetura da UFMG, de cerca de 20 m2, com três postos de trabalho com computadores desktop, projetor de multimidia, caixa de som com microfone e mesa de reunião e uma pequena biblioteca de livros e revistas. As produções do grupo são sistematizadas no site https://topologias.wixsite.com/topologias.
PRÁXIS
O grupo Práxis (Práticas sociais no Espaço Urbano), criado em 2009, é coordenado pelos professores Denise Morado Nascimento e Daniel Medeiros de Freitas. Objetiva investigar criticamente as condições contemporâneas de projeto, produção e uso do espaço urbano, mapear aspectos das dinâmicas sócio-espaciais das cidades brasileiras e desenvolver práticas compartilhadas através da mediação entre tecnologia, projeto, construção, informação, vivência e criatividade em torno dos agentes envolvidos nesses processos. Trabalha em distintas vertentes de investigação: (1) condições contemporâneas dos processos de projeto, produção e uso da moradia e do espaço urbano; (2) mediação entre tecnologia, projeto, construção, informação, vivência e criatividade em torno dos indivíduos e da coletividade envolvidos; (3) instrumentos, mecanismos, linguagens e processos de representação, interpretação, interação, leitura, intervenção, decisão e resistência presentes nos processos de produção da cidade; (4) redes sócio-espaciais em contextos contemporâneos; (5) leituras teórico-metodológicas sobre o sistema de exclusão socioespacial contemporâneo; (6) estratégias na formação da corporação estado-capital e seus impactos sócio-espaciais na cidade; (7) processos de ocupações, remoções, despejos e resistências diante dos processos de produção das cidades. Seus interesses de pesquisa se concentram em: Produção contemporânea do espaço urbano; Sistema de exclusão nas cidades, Processos de projeto e produção compartilhados e/ou colaborativos; Práticas do planejamento e projeto urbano; Assessoria técnica; Arquitetura Aberta (Teoria dos Suportes); e Arquitetura contemporânea. As pesquisas agregam pesquisadores da Escola de Arquitetura da UFMG e de outras instituições. O grupo integra a Rede Cidade e Moradia, a Rede Cidades UFMG e e Observatório das Metrópoles (núcleo BH), além de ter parcerias com o Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares da UFMG (IEAT), Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Associação Imagem Comunitária (AIC), Favela é Isso Aí, Culticom, Arquitetas sem Fronteiras e Labcidade (FAUUSP). O laboratório do grupo ocupa a sala 312 da Escola de Arquitetura da UFMG, de cerca de 40 m2, equipada com oito postos de trabalho com computadores desktop, dois com notebooks, uma mesa de reunião, duas impressoras, scanner, projetor multimídia, máquina fotográfica, câmara de vídeo e uma pequena biblioteca de 250 volumes. A sistematização da produção do grupo está no site http://www.arq.ufmg.br/praxis/.
UPONTO
O grupo Utopias Urbanísticas Experimentais (UPonto), criado em 2013, é coordenado pelo professor Altamiro Sérgio Mol Bessa e integrado pelos professores Raquel Garcia Gonçalves, Cynara Fiedler e Paulo Gustavo von Krüger, da Escola de Arquitetura da UFMG. Tem pareceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Seu objetivo é o aprofundamento teórico, conceitual e metodológico sobre possibilidades e horizontes hoje irrealizáveis, especialmente no campo do urbanismo. Discute alternativas ao habitar contemporâneo, privilegiando a paisagem como categoria que permite deslocamentos e propostas utópicas de modificação do existente. Tem buscado possibilidades outras do habitar, estudando o que já foi proposto e propondo alternativas experimentais para sociedades mais inclusivas. A opção do grupo é pela experimentação sem espetacularização, por isso promovem pequenos colóquios e discussões de textos, sem a necessidade de registrar todas as atividades do grupo. O trabalho do grupo tem repercutido junto aos pós-graduandos e professores das instituições participantes, com resultados em publicações de livros e capítulos, no Brasil e no exterior, bem como participação em eventos e congressos. O grupo tem sido convidado a apresentar sua experiência em outras universidades e instituições, sendo procurado especialmente pelo incômodo de viver nesta sociedade atual esquemática, na qual a imaginação tornou-se quase um interdito. Utiliza a sala 402 da Escola de Arquitetura da UFMG, de cerca de 20 m2, equipada com quatro postos de trabalho com computadores desktop e laptop, impressora, scanner, mesa de reunião e uma pequena biblioteca própria.
URBANO
URBANO é um Grupo de Pesquisa em Urbanização, Planejamento e Outras Economias, coordenado pelos professores João Bosco Moura Tonucci Filho e Roberto Luís de Melo Monte-Mór. O Grupo tem como objetivo principal desenvolver projetos de pesquisa e ações de extensão no âmbito dos estudos urbanos e regionais, envolvendo áreas afins como economia regional e urbana, planejamento e urbanismo, geografia econômica, dentre outras. Mais especificamente, as atividades do grupo serão orientadas por quatro Linhas de Pesquisa: 1) Urbanização Extensiva e Produção do Espaço Metropolitano; 2) Planejamento Metropolitano e Políticas Urbano-Regionais; 3) Mercado Imobiliário, Habitação e Uso do Solo Urbano; 4) Outras Economias e Alternativas de Desenvolvimento Urbano-Regional. O Grupo aproveita-se do acúmulo de projetos realizados por seus membros nos últimos anos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais e na Amazônia, procurando dar-lhes continuidade e divulgação. Busca também criar um espaço acadêmico, abrigado institucionalmente no âmbito do Cedeplar/UFMG, para o intercâmbio sistemático de informações e experiências entre alunos, pesquisadores e professores, visando qualificar em termos metodológicos e teóricos os trabalhos realizados; assim como dar continuidade à organização de eventos e publicações com participação de pesquisadores nacionais e internacionais da área. Deseja-se, enfim, fortalecer a articulação entre a produção de conhecimento científico, o debate político e a ação pública.
LABORATÓRIO DE FOTODOCUMENTAÇÃO
O Laboratório de Fotodocumentação Sylvio de Vasconcellos, sob tutela da Diretoria da Escola de Arquitetura, foi criado em 1954 e teve seu grande período de atividade até as vésperas do golpe militar de 1964, quando o setor de pesquisa a que se ligava foi desativado e ele teve suas atividades drasticamente reduzidas. Naquela década, os arquitetos modernistas que dirigiam o Laboratório se empenharam num registro minucioso da arquitetura brasileira, tendo como focos principais a arquitetura de nosso passado colonial e a arquitetura moderna de vanguarda que se produzia naquele momento, conformando um acervo de aproximadamente 50 mil negativos, registrando todos os detalhes da arquitetura, bem como a cena urbana do período. Sua reativação, nos anos de 1990, implicou o tratamento e digitalização do acervo, tornando-o acessível a pesquisadores e ao público em geral. Já foram digitalizadas mais de 25.000 imagens e está sendo realizada a recuperação física do acervo, com um novo acondicionamento e a construção de uma sala climatizada, além de um espaço expográfico que contará a trajetória da fotografia e pesquisa junto à Escola de Arquitetura. Além disso, foi criado um sistema de indexação e busca das imagens do laboratório via internet, o qual permite que as fotos sejam disponibilizadas através de um sistema multimídia, possibilitando o acesso universal ao conteúdo informacional deste acervo. http://www.forumpatrimonio.com.br/laboratorio/site.html
OFICINA DE EXPERIMENTAÇÕES E MODELOS
A Oficina de Experimentações e Modelos objetiva dar suporte à execução de modelos tridimensionais e experimentações de técnicas de visualização do espaço à partir de múltiplos meios. Estudantes da graduação e pós-graduação podem usar suas dependências e equipamentos como complemento de atividades das aulas. As práticas de oficina variam segundo as necessidades nas disciplinas e no desenvolvimento de pesquisas. A Oficina oferece cursos específicos para habilitação nas atividades correlatas ao uso em equipamentos para execução de modelos, maquetes e experimentos de registro (fotos, vídeo, processamento digital). Também presta serviços para a comunidade, de modo integrado com as pesquisas em andamento. Essa prestação de serviços inclui a execução de maquetes em escala, experimentos com prototipia, registro e processamento de imagens geradas a partir de modelos tridimensionais em múltiplos meios. No triênio 2017–2019 os Colegiados dos Cursos de Graduação em Arquitetura e Design estão trabalhando junto ao NPGAU e à Diretoria da Escola para implementarem uma oficina integrada ampliada, com ferramentas de fabricação digital, serralheira e marcenaria, além de espaço para os estudantes de graduação e pós-graduação trabalharem experimentação e prototipagem.
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RECURSOS DE INFORMÁTICA DA ESCOLA DE ARQUITETURA
O NPGAU conta com a infraestrutura de informática da Escola de Arquitetura da UFMG, que disponibiliza para toda a sua comunidade acadêmica rede lógica cabeada e wireless na velocidade 100Mbps. A Escola tem licenças educativas do sistema ARC-GIS completo (conjunto de quatro plataformas de softwares), dos softwares IDRISI e MATLAB e do conjunto de softwares da AUTODESK (Autocad, Revit etc.). Usa também os softwares livres SAGA, SPRING, TERRAVIEW, TERRASIG, WEKA, QUANTUMGIS, FRAGSTAS, GPS TRACK MAKER, QGIS. Em termos de equipamentos de informática para atividades de ensino, a Escola de Arquitetura oferece aos seus professores e estudantes dois laboratórios multimídia: o Laboratório de Informática Radamés implantado com recursos do REUNI, e equipado com 30 computadores iMac de plataforma dupla (Mac OS e Windows) e telas de 24 polegadas; e o Laboratório de Informática CIAU com um total de 20 estações de trabalho plataforma Windows. Todas as salas de aula ficam abertas dia e noite, com uma agenda de aulas e tempo vago. No tempo vago todos os alunos podem utilizá-las livremente. Na portaria da escola, há conjuntos de projetor multimídia e laptop disponíveis para que os professores peguem emprestado antes de suas aulas, evitando assim que as salas fiquem trancadas por causa de equipamentos.
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DO NPGAU
O NPGAU está sediado no 3º andar da Escola de Arquitetura da UFMG (Sala 300), ocupando uma área aproximada de 250 m2. Inicialmente, seu espaço físico era dividido em sala da coordenação; sala da secretaria; sala de aula própria com equipamento multimídia; sala de reuniões; três gabinetes de estudos para os pós-graduandos e sala de arquivo. Os gabinetes eram equipados com computadores desktop (PC), além de impressora multifuncional e scanners. Observamos que a utilização desses computadores vinha se reduzindo em razão dos notebooks pessoais e da integração dos pós-graduandos aos grupos de pesquisa e seus respectivos laboratórios. Ainda assim, os gabinetes continuaram sendo usados para estudo, reuniões, escaneamento de imagens e impressão final de dissertações e teses. Particularmente os discentes vindos de outros estados e cidades e também os professores visitantes (dois grupos cada vez mais frequentes no Programa) dependem dessa infraestrutura. Ao longo de 2018, por demanda dos estudantes que usavam os gabinetes, foram realizadas discussões com docentes e discentes para uma reforma das dependências do NPGAU. A demanda decorreu da já mencionada popularização dos notebooks pessoais e da consequente flexibilidade, assim como da vontade de maior interação cotidiana manifestada pelos estudantes. Foi aprovada a reforma, para oferecer aos estudantes um espaço coletivo de trabalho, em vez de gabinetes apartados. Além de melhorar a articulação entre esse espaço coletivo, a secretaria e a sala de reuniões/aula/defesas, a reforma também permitirá recuperar parte da qualidade espacial de uma das grandes salas de aula originais da década de 1940, que foi prejudicada pela instalação de divisórias na década de 1990. A reforma foi iniciada em 2019 e tem previsão de finalização em 2020. Todos os ambientes estão integrados às redes de lógica e telefonia da UFMG.
A secretaria está equipada com dois computadores desktop plataforma Windows, um notebook e duas impressoras multifuncionais, além de dispor de três projetores multimídia exclusivos para uso nas atividades do Programa. A sala de estudos coletiva vai ampliar a capacidade de postos de trabalho, antes entre 12 e 16 pessoas, passando a acomodar até 40 pessoas organizadas em grandes mesas com seus computadores pessoais ou nas 6 estações de trabalho previstas, equipadas com computadores desktop (PC), impressora multifuncional e scanners. Além dos espaços de uso exclusivo, o NPGAU conta com as salas de aula da Escola de Arquitetura, particularmente a sala 200, onde ocorre a maior parte das defesas de teses e dissertações e dos exames de qualificação. Reformada em 2016, é uma sala com 64 lugares e equipamento de videoconferência, possibilitando aulas, palestras e a participação de professores externos nas bancas de defesas e qualificações à distância.
SISTEMA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA UFMG
Toda a comunidade da UFMG tem acesso à sua rede de bibliotecas (www.bu.ufmg.br), que representa um dos maiores acervos do país em todas as áreas do conhecimento. A Biblioteca Universitária é responsável tecnicamente pelo provimento de informações necessárias às atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade, como também pela coordenação técnica, administração e divulgação dos recursos informacionais das 25 bibliotecas do sistema. O seu acervo total compreende aproximadamente um milhão de itens entre livros, monografias, dissertações, partituras, CDs, DVDs, fitas, VHS, mapas e slides, apresentado uma média anual de empréstimo domiciliar de aproximadamente 770 mil exemplares, para mais de 150 mil usuários. O Sistema de Bibliotecas atende tanto os usuários da comunidade interna (estudantes do ensino fundamental, médio, técnico, graduação, pós-graduação, professores, e funcionários), como os usuários da comunidade externa – de outras instituições, pesquisadores, alunos de intercâmbio e demais visitantes.
Apesar de a Biblioteca Central da UFMG estar localizada no Campus da Pampulha, enquanto a Escola de Arquitetura funciona na área central de Belo Horizonte, o empréstimo entre bibliotecas é rápido. Além disso, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG (http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/) disponibiliza on-line, para as comunidades interna e externa, a produção científica oriunda dos 87 programas de pós-graduação stricto sensu da Universidade. Isso inclui textos completos, bem como referências e resumos de teses e dissertações, proporcionando rapidez e facilidade na busca e acesso. O Sistema possui serviços automatizados para processamento técnico, pesquisa bibliográfica e empréstimo domiciliar. A UFMG é posto de serviços tipo A da rede ANTARES de informação bibliográfica, e a Biblioteca Central é prestadora desses serviços à comunidade usuária local. O sistema de bibliotecas da UFMG utiliza para tratamento da informação o software VTLS (Virginia Tech Libray System). Este é um software de administração de bibliotecas on-line, abrangente e integrado, que permite automação do serviço de biblioteca. O software VTLS instalado para o sistema de bibliotecas da UFMG é um sistema com funções integradas e modular, que oferece soluções para as principais atividades de uma biblioteca. Através de uma base de dados única, centralizada, o usuário poderá acessar de qualquer ambiente da universidade a base de dados bibliográficos da UFMG.
A UFMG também é uma das Instituições participantes do Portal de Periódicos da CAPES. Encontram-se disponíveis na coleção do Portal várias bases de dados e títulos de periódicos com texto completo, nacionais e estrangeiros, contemplando as sub-áreas do conhecimento: Arquitetura e Urbanismo, Planejamento Urbano e Regional, Desenho Industrial. Atualmente estão disponíveis cerca de 2438 artigos, 2061 revisados por pares na área de Arquitetura e Urbanismo e 2080 artigos, sendo 1557 revisado por pares na área de Planejamento Urbano e Regional.
Cabe ainda destacar a participação na Biblioteca Virtual, que foi criada com a adesão da UFMG a um consórcio, formado pelas principais Universidades brasileiras (CBBU) e que permite acesso a várias bases de dados (Asfa, Chem Bank, Drug Information, Iconda, Life Science, Lisa). A Rede de Bibliotecas da UFMG disponibiliza aos estudantes, além do Portal da Capes, os seguintes periódicos da área:
- AMBIO: a Journal of the Human Environment, Research and Management;
- Architectural History (período 1996-1999);
- Art and Archaeology Technical Abstracts (período 1966-2000, não contínuo);
- Cahiers d'étude (International Council of Museums), período 1995-1996, não contínuo;
- Canadian Conservation Institute Journal (período 1975);
- Conservation News (United Kingdom Institute for Conservation of Historic and Artistic Works, período 1983-1997, não contínuo);
- Conservation (The Getty Conservation Institute, período 1994-2002);
- Espaço & Debates (período 1981-1994, não contínuo);
- Energy and Buildings;
- Environmental Science & Technology (período 1974-1999, não contínuo);
- EURE: Revista Latinoamericana de Estudios Urbano Regionales (período 1970-2004);
- Illuminating Engineering (período 1958-1965);
- Lighting Design and Application (período 1994-2000);
- Imprimatura: revista de restauración (período 1994-1997);
- Journal of Architectural and Planning Research (período 1995-2002, não contínuo);
- Journal of Energy Engineering (período 1983-2002);
- Journal of the Illuminating Engineering Society (período 1994-2002);
- Journal of the International Institute for Conservation - Canadian Group (período 1990-1996);
- Landscape and Urban Planning (período 1994-2002, CEDEPLAR);
- Lighting research and technology (período 1994-1998);
- Recherche et Architecture (período 1979-1984);
- Regional Science and Urban Economics (período 1975-2002);
- Restauración Hoy (Centro Nacional de Restauración, Colombia, período 1986-1995);
- Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais (período 1999-2002);
- Sinopses (período 1981-1999);
- SSCR Journal (Scottish Society for Conservation & Restoration, período 1992-1994, não contínuo);
- Techniques et Architecture (período 2003-...);
- Technology and Conservation (período 1979-1996, não contínuo);
- The Conservator (período 1977-1996, não contínuo);
- Urban Studies (período 1970-2004, não contínuo);
- Urbanisme; novo título Urbanisme & Architecture (período 1952-1999);
- Zodiac (período 1957-1973).
BIBLIOTECA DA ESCOLA DE ARQUITETURA
A Biblioteca Prof. Raffaello Berti, da Escola de Arquitetura, integrante do Sistema de Bibliotecas da UFMG, é considerada uma referência no país, especialmente pelo fato de ter sido uma das primeiras bibliotecas especializadas na área e contar com um expressivo acervo histórico. Com espaços específicos para o estudo individual e para atividades em grupo, rede wireless, ela atende a comunidade da Escola de Arquitetura e demais unidades acadêmicas da UFMG e também a comunidade externa. A consulta ao acervo e outros serviços estão disponíveis via web e são gerenciados com o software PERGAMUM. O acervo é constantemente atualizado, para atender às necessidades das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na Unidade. Atualmente, esse acervo inclui: 55.560 exemplares entre livros, teses, dissertações e monografias; 2.500 mapas impressos, e o conjunto completo de mapas digitalizados de Belo Horizonte formato dwg (sistema viário, edificações, hidrografia e curvas de nível) cedido pela Prodabel; 2.900 diapositivos (slides) e cerca de 50.000 negativos sobre arquitetura mineira do período colonial e sobre a arquitetura belo-horizontina da primeira metade do século XX, produzidos nas décadas de 1950 e 1960 sob a coordenação do Prof. Sylvio de Vasconcellos (trata-se de um acervo raríssimo, com registro de muitas edificações demolidas posteriormente); 1.392 Compact discs; 241 fitas de vídeo; 502 títulos de periódicos impressos dos quais 12 são correntes (um dos acervos retrospectivos nacionais mais completos das áreas de Arquitetura, Urbanismo e Construção); além das coleções especiais Brasiliana, Memória Institucional, Belo Horizonte e acervo Prof. Mário Berti.
A Biblioteca Raffaello Berti é Biblioteca Base do Programa de Comutação Bibliográfica (COMUT), colocando à disposição da comunidade acadêmica o acervo de outras bibliotecas e possibilitando o intercâmbio de informações. Além disto, integra programas cooperativos do IBICT, como o Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas e a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, e mantém contato com redes internacionais para a obtenção de documentos, como a British Library Lending Division, o Centre Nationale de la Recherche Scientifique e o Unitessity of Microfilms. A Biblioteca oferece programas de treinamento aos usuários no uso das fontes de informação eletrônicas com ênfase na utilização do Portal de Periódicos da CAPES e bases de dados específicas, treinamento no uso de gerenciador bibliográfico (EndNote Web), orientações de normalização de trabalhos técnico-científicos, levantamentos bibliográficos em bases de dados nacionais e estrangeiras, confecção de fichas catalográficas, atendimento online via chat, visitas orientadas e exposições de novas aquisições. Esses serviços têm beneficiados os docentes e discentes do NPGAU diretamente. Por meio de recursos da FAPEMIG, o NPGAU tem feito aquisições específicas de novos títulos, visando especialmente à bibliografia indicada nas disciplinas do Programa.
BIBLIOTECAS DE OUTRAS UNIDADES DA UFMG
Além da Biblioteca da Escola de Arquitetura e Sistema Biblioteca Universitária, vale mencionar, mais especificamente, bibliotecas de algumas das unidades da UFMG, cujo acervo tem dado suporte às pesquisas do NPGAU. A Biblioteca do Instituto de Geociências possui um acervo de cerca de 13.000 títulos e 37.700 exemplares em diversos meios (impresso, magnético e eletrônico), relacionados a Cartografia, Geografia, Geologia, Turismo e áreas afins, com destaque para as coleções de atlas, globos, fotos aéreas e mapas. A Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas é uma referência nas áreas de Filosofia, Ciência Política, Psicologia, Sociologia, Antropologia, História e Comunicação Social, com acervo de cerca 55.000 títulos de livros e 90.000 volumes, 2500 títulos de periódicos. Seu espaço físico inclui acervo, salões de leitura, salas de estudos, sala de periódicos eletrônicos e de gravação de fitas para atendimento a deficientes visuais. Além do COMUT, ela integra o sistema Bibliodata da Fundação Getúlio Vargas, o que permite o empréstimo entre bibliotecas de vários lugares do país. A Biblioteca da Faculdade de Ciências Econômica ou Biblioteca Prof. Emílio Guimarães Moura, criada em 1946, possui um acervo de cerca de 100 mil exemplares e 800 títulos de periódicos, nacionais e estrangeiros. Em 2008, com a inauguração da nova sede da Faculdade no Campus Pampulha, ela incorporou a antiga Biblioteca do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), com um acervo de 18 mil títulos de livros, monografias, teses e dissertações e 250 títulos de periódicos. A Biblioteca da Escola de Engenharia, fundada em 1911, possui um acervo é de mais 35.000 volumes entre livros, teses, memórias, normas técnicas. O acervo de Periódicos contém cerca de 1.600 títulos, dos quais 41 são correntes. O total de exemplares gira em torno de 200 mil fascículos. A Biblioteca da Escola de Belas Artes, além de livros, monografias e periódicos, disponibiliza as bases Art Index, Base Bibliográfica; Área de Artes Visuais (período: 1984–1998); CINEMANIATextual, Área de Cinema (período: 1992–1995); e International Film Index. Cabe destacar o amplo acervo bibliográfico acerca da questão de conservação e restauro, com ênfase nos bens móveis.
INFRAESTRUTURA ADMINISTRATIVA
O NPGAU é secretariado por uma servidora técnico-administrativa (Maria Paula Borges Berlando) e administrado pelo Colegiado composto pelo coordenador, pelo subcoordenador, por um representante do corpo discente e por três representantes do corpo docente.
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Objetivos
O Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG tem por objetivo geral fazer avançar o conhecimento científico nessa área e ampliar as competências teóricas, técnica, artísticas e sociais correlatas. Ele visa à formação de pessoal qualificado para atividades de ensino, pesquisa e extensão e atividades profissionais em temas relacionados à área de concentração ‘Teoria, Produção e Experiência do Espaço’ e às linhas de pesquisa ‘Planejamento e Dinâmicas Socioterritoriais’, ‘Produção, Projeto e Experiência do Espaço’ e ‘Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo e suas relações com outras Artes e Ciências’. Isso abrange a reflexão crítica, teórica e metodológica sobre o campo disciplinar da Arquitetura e do Urbanismo, a interface com outros campos disciplinares, a produção científica e sua divulgação, as práticas de cooperação e intercâmbio acadêmico no ensino e na pesquisa, a extensão das competências dos corpos docente e discente à sociedade como um todo.
O mestrado do NPGAU tem por objetivo específico aprofundar o conhecimento teórico e profissional e desenvolver a capacidade de realizar pesquisas científicas. Ele é norteado pelo entendimento de que a atividade de pesquisa desenvolvida pelo mestrando constitui o melhor caminho para que os dois aspectos igualmente importantes da pós-graduação stricto sensu em Arquitetura e Urbanismo sejam contemplados: a qualificação para o ensino e a pesquisa e a competência técnico-profissional avançada. No mestrado centrado na atividade de pesquisa, o aprendizado do método científico, pela formulação de hipóteses, conjecturas ou teorias sobre a realidade e seu posterior exame crítico, empírico ou argumentativo, são mais importantes do que a aquisição de conhecimentos já sedimentados.
O doutorado do NPGAU tem por objetivo específico desenvolver a capacidade de propor e conduzir pesquisas de forma autônoma. À diferença do mestrado, ele pressupõe conhecimento metodológico e maturidade intelectual, oferecendo aos doutorandos os meios para que possam formular e explorar em profundidade temas que contribuem de maneira original para a evolução do conhecimento científico na área de Arquitetura e Urbanismo.
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Convênios e Cooperações
O corpo docente do NPGAU, com apoio da Escola de Arquitetura, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, da Pró-Reitoria de Pesquisa e da Diretoria de Relações Internacionais, tem investido massivamente nos últimos anos para ampliar sua estrutura de intercâmbios e parcerias nacionais e internacionais, esforço esse que tem se mostrado fértil em todas as atividades, particularmente para os pós-graduandos. Hoje são raros os projetos de pesquisa do NPGAU que não se dêem em parceria com pelo menos uma IES fora da UFMG ou outra instituição externa, fora de Belo Horizonte.
Cabe observar que a maior parte das redes e dos projetos de pesquisa em rede envolvem, simultaneamente, intercâmbios nacionais e internacionais. Classificamos aqui como intercâmbios nacionais aquelas em que a amplitude geográfica no Brasil tem maior relevância do que a internacionalização. Porém, é preciso enfatizar que os projetos em redes de pesquisa internacionais também configuram, em sua maior parte, redes nacionais.
Outros aspectos da internacionalização estão explicitados no respectivo campo deste relatório (campo 10. Internacionalização).
PROJETOS EM REDES DE PESQUISA NACIONAIS
OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES
O Observatório das Metrópoles: Território, Coesão Social e Governança, com sede na UFRJ e coordenação geral do prof. Luiz César de Queiróz Ribeiro (IPPUR), é coordenado regionalmente pela profa. Jupira Gomes de Mendonça do NPGAU e pelo prof. Alexandre Magno Alves Diniz da PUC Minas Trata-se de uma rede de instituições e pesquisadores dos campos universitário, governamental e não governamental. A equipe constituída no Observatório vem trabalhando há 17 anos, envolvendo 97 pesquisadores principais e 59 instituições de forma sistemática e articulada sobre os desafios metropolitanos colocados ao desenvolvimento nacional, tendo como referência a compreensão das mudanças das relações entre sociedade, economia, Estado e os territórios conformados pelas grandes aglomerações urbanas brasileiras. Tendo como referência as transformações econômicas e sociais que vêm passando o Brasil desde o final dos anos 1980, o projeto pretende avaliar as mudanças do processo de metropolização do país, levando em consideração a relação dos aglomerados urbanos com o território nacional e com os sistemas urbanos regionais, bem como identificar as diferenças entre estes aglomerados em termos dos graus de integração dos municípios na dinâmica metropolitana. Pretende-se que o Observatório das Metrópoles amplie e consolide sua intenção original de ser um programa plurinstitucional e pluridisciplinar que procura aliar pesquisa e ensino com a missão social de realizar e promover atividades que possam influenciar as decisões dos atores que intervêm no campo da política pública, tanto na esfera do governo, como da sociedade civil.
REDE CIDADE E MORADIA
É uma rede que reúne instituições e grupos de pesquisa, professores, pós-graduandos e graduandos em torno de projetos de pesquisa, envolvendo a temática habitação e cidade. É coordenada pelo prof. Adauto Cardoso (IPPUR/UFRJ) e integrado pelos professores Denise Morado Nascimento (PRAXIS-EA/UFMG), Raquel Rolnik (LabCidade/FAUUSP), Luciana da Silva Andrade (PROURB-FAU/UFRJ), Nelson Saule Júnior (Instituto Pólis/SP), Rosângela Dias Oliveira da Paz (PUCOMSP), Lúcia Zanin Shimbo (IAU/USP), Cibele Saliba Rizek (IAU/USP e Peabiru), Maria Dulce Picanço Bentes Sobrinha (UFRN), Luis Renato Bezerra Pequeno (UFC), José Júlio Ferreira Lima (UFPA).
REDE TECNOPOLÍTICAS: NACIONAL E INTERNACIONAL
A Rede Tecnopolíticas: Territórios Urbanos e Redes Digitais, coordenada pela profa. Natacha Rena (NPGAU, Grupo Indisciplinar) e pela profa. Fernanda Bruno (UFRJ, Medialab), é uma rede de pesquisa de alto impacto científico e social voltada a investigar a aplicação das tecnologias digitais de comunicação aos processos de produção do espaço urbano. Pretende produzir conhecimento e explorar tecnologias que promovam a interseção entre as redes digitais e as dinâmicas espaciais urbanas, compreendendo que estas tecnologias conformam, atualmente, parte indissociável da experiência e da organização das metrópoles. Pretende-se investigar e produzir tecnologia social aplicada a políticas públicas urbanas nos mais diversos níveis: mobilidade, moradia, lazer, cultura, economia, agroecologia, etc. A Rede propõe o desenvolvimento colaborativo de tecnologia social aberta e reaplicável, baseando-se em iniciativas como o movimento open source (software livre) ou peer to peer (entre pares) que promovem o livre compartilhamento de conhecimento a partir de novos modelos de licenciamento de conteúdo. No Brasil, ela é integrada por pesquisadores vinculados a oito universidades (UFMG, PUC Minas, UFOP, UFRJ, UFF, USP, FAAP, UNILA e UFES) organizados em cinco núcleos regionais: Belo Horizonte-Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Espírito Santo. Como parceiros internacionais, a rede conta com os seguintes pesquisadores e instituições: Internet Interdisciplinary Institute, Universitat Oberta de Catalunya, Manuel Castells, Javier Toret Medina, Arnau Monterde, Antonio Calleja López, Eunate Serrano Casado; Peer to Peer Foundation: Michel Bauwens e Janice Figueiredo; Universidad Nacional de Colombia, Victor Manuel Gómez Campo; Pontifícia Universidad Javeriana de Bogotá: Carlos Hernandez Correa e Daniel Huertas Nadal; Estudio SPN Madrid, Juana Canet, Rut Cuenca e Elena Gómez; Urbano Humano Agency, Domenico Di Siena; Colegio de México, Jaime Erazo Espinosa; Pontificia Universidad Católica del Ecuador, Santiago del Hierro; Pontificia Universidad Católica del Ecuador, Gary Leggett; Lancaster Institute for the Contemporary Arts of Lancaster University, Nick Dunn. Na Chamada INCT/2014, a Rede aprovou o primeiro Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) na área de Arquitetura e Urbanismo, também intitulado TECNOPOLÍTICAS: Territórios Urbanos e Redes Digitais.
REDE FINEP DE MORADIA E TECNOLOGIA SOCIAL
Constituída a partir da Chamada Pública MCT/ MCidades/ Finep/ Ação Transversal - Saneamento Ambiental e Habitação - 06/2010, com o tema: Desenvolvimento de Tecnologias Sociais para construção, recuperação, manutenção e uso sustentável da moradia, especialmente de interesse social, bem como para a solução de problemas em áreas de risco ambiental, a rede é integrada pelo Grupo MOM do NPGAU (profa. Silke Kapp) e por grupos de pesquisa da Fiocruz, da UFRJ, da UFAL, da UFCG, da UFPEL, da UFRGS e da USP. O projeto tem previsão de término em 2017.
PROJETOS EM REDES DE PESQUISA INTERNACIONAIS
URBAN STRUGGLES FOR THE RIGH TO THE CITY AND URBAN COMMONS IN BRAZIL AND EUROPE / CONSTELAÕES DO URBANO: DIREITO À CIDADE, CIDADANIA, MOVIMENTOS URBANOS E CONFLITOS
(Brasil,Suécia)
Convênio de cooperação bilateral com duração de 2019-2020 (extensível a 2021), entre professores e pesquisadores da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil) e o Institute for Housing and Urban Research da Uppsala University (Suécia). A Equipe brasileira é coordenada pela Prof. Rita de Cássia Lucena Velloso da Escola de Arquitetura da UFMG, pesquisadora do Núcleo RMBH, e foi aprovado no âmbito do Edital CAPES Nº 28/2018. A equipe sueca, por sua vez, é coordenada pelo prof. Miguel A. Martínez e receberá recursos da The Swedish Foundation for International Cooperation in Research and Higher Education / STINT.
Os participantes de ambas as instituições têm em comum pesquisas sobre movimentos urbanos de contestação, conflitos desempenhados nos espaços metropolitanos, por meio de práticas espaciais insurgentes. Dentre os membros da equipe brasileira quatro docentes (Jupira Mendonça, Junia Ferrari, Ana Baltazar e Rita Velloso) são vinculados ao NPGAU; há bolsas de doutorado sanduíche destinadas a estudantes vinculados ao NPGAU, assim como duas bolsas de pós-doutorado destinadas a pesquisadores do NPGAU.
Ainda que os contextos urbanos europeu e latino-americano apresentem, quanto às lutas urbanas e agendas de reivindicação no interior da política urbana, trajetórias distintas de formação e consolidação, pontos de convergência podem ser encontrados entre as estratégias de contestação e organização coletiva. Este projeto procura reunir diferentes estudos de caso em ambos os contextos, o que permitirá́ uma comparação sistemática das características, estruturas, práxis e resultados dos movimentos, a fim de promover uma abordagem transnacional para o estudo dos movimentos urbanos.
A cooperação proposta tem potencial para inovação e avanço no conhecimento teórico e prático e no partilhamento de dados e metodologias, em especial nos do direito à cidade, comuns urbanos e movimentos sociais urbanos. A abordagem comparativa transnacional e intercontinental proposta não tem sido amplamente abordada em trabalhos acadêmicos, o que reforça o caráter inovador do projeto, que pretende avançar para além da divisão Norte/Sul Global, com foco na Europa e na América Latina.
RED INTERNATIONAL EN ANTROPOLOGÍA Y ARQUITECTURA
(Brasil, Espanha)
O Observatório de Conflitos Urbanos de Belo Horizonte, coordenado pela Profa.Raquel Garcia Gonçalves passou a integrar a Red International en Antropología e Arquitectura (Antiarq) da Universidade de Barcelona em novembro de 2018. O convênio tem por objetivo difundir a construção de um conhecimento interdisciplinar e crítico para analisar o desenvolvimento das cidades na atualidade.
A rede conta com membros de vários universidades no Brasil, México,Chile, Colômbia, Argentina, Uruguai, Equador e Espanha.
A doutoranda Izabella Galera é a representante da Antiarq no Brasil.
Como atividades imediatas estão programadas uma divulgação trimestral de seminários sobre temáticas urbanas abordando o enfoque socioespacial, na modalidade online.
CONVÊNIO HOME/CITY/WORLD: HOUSING, INCLUSION AND SUSTAINABILITY IN THE 21ST CENTURY
(Brasil, África do Sul, Reino Unido)
O Laboratório PRAXIS, coordenado pela Profa. Denise Morado, integra o convênio, que tem a seguinte Coordenação:
Professor Danie Brand - Department of Public Law, Faculty of Law, University of the Free State, South Africa
Professora Helen Carr - Kent Law School, University of Kent, Canterbury, Kent, CT2 7NZ, United Kingdom
Professora Maria Fernanda Salcedo Repolês – Departamento de Direito do Trabalho e Introdução do Direito, Faculdade de Direito / UFMG
REDE INTERNACIONAL DE MORADIA SOCIAL
(Brasil, Reino Unido, África do Sul)
Convênio constituído por pesquisadores de vários países e articulada pela UFMG (com a participação da Profa. Denise Morado), University of Kent/Reino Unido e University of the Free State/África do Sul. O foco de investigação corresponde a projetos e experiências de moradia voltados para ou criados por pessoas de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social.
OBSERVATÓRIO DE REMOÇÕES
(Brasil, Reino Unido)
O Laboratório PRAXIS, coordenado pela Profa. Denise Morado, integra o convênio, coordenado pela Profa. Raquel Rolnik, FAU-USP, com financiamento da Ford Foundation.
ARCUS: SAÚDE, TERRITÓRIOS: DINÂMICAS DURÁVEIS
(Brasil, França)
Convênio entre o estado de Minas Gerais (Brasil) e a região Nord-Pas-de-Calais (França). Em 2013, foi realizado o Colóquio franco-brasileiro: “Territórios e Políticas Públicas em Minas Gerais e no Nord-Pas-de-Calais: olhares cruzados sobre Populações vulneráveis e Territoriais em reconversão”, em Lille (França) com participação dos professores Fernanda Borges de Moraes, Flávio de Lemos Carsalade e Roberto Luís de Melo Monte-Mór e das doutorandas Jeanne Crespo, Fabiana Oliveira Araújo e Carolina Herrmann Coelho de Souza, com apresentação de resultados parciais e finais de suas pesquisas, figurando como oportunidade de discussão da renovação de convênios e continuidade do ARCUS. A partir disso se estabeleceu o projeto WEALTH THROUGH SHARING FRANCO–BRAZILIAN CALL 2014 / 2015 FOR THE REGION OF NORD-PAS DE CALAIS AND THE STATE OF MINAS GERAIS, coordenado pelo Prof. Roberto Luis de Melo Monte-Mór, que compreende pesquisa sobre planejamento regional na área de cultura urbana em parceria com a Universiité Lille 1 da região de Nord Pas de Calais, com financiamento do Ministério francês das Relações Exteriores, FAPEMIG, Conselho Regional Nord-Pas de Calais e PRES – Universidade Lille Nord de France.
PROBRAL: AUTONOMIA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO
(Brasil, Alemanha)
No âmbito do Programa de Cooperação Brasil–Alemanha (PROBRAL), foi aprovado em 2013 pela CAPES e pelo DAAD o projeto “Autonomia na produção do espaço: a interferência da arquitetura e da sociedade nas cidades contemporâneas brasileiras e alemãs”, realizado de 2013 a 2015, sob a coordenação dos professores José dos Santos Cabral Filho (NPGAU-UFMG) e Frank Eckardt (Bauhaus Universität Weimar). O projeto abrangeu intercâmbios de professores e estudantes de graduação e pós-graduação e a criação de uma cooperação entre a Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais e a Bauhaus Universität Weimar. Com foco nos grupos MOM e Lagear e no grupo Urban Studies and Social Research, as universidades trabalharam de forma complementar no desenvolvimento da pesquisa, contemplando as grandes áreas de arquitetura, urbanismo e sociologia urbana, dando suporte às pesquisas em andamento dos doutorandos e dos grupos. A pesquisa explorou as competências dos pesquisadores e dos grupos envolvidos na cooperação para a criação de uma rede de ensino e pesquisa internacional com foco na formação conjunta de alunos doutorandos na modalidade doutorado sanduíche e aperfeiçoamento de docentes de ambas as instituições. Foi possível estreitar laços entre os dois núcleos de pós-graduação. Como parte desse projeto, em agosto de 2013 e agosto de 2014, o NPGAU ofereceu uma disciplina optativa de introdução à Sociologia Urbana para graduação e pós-graduação, ministrada pelo professor Frank Eckardt. Também em 2013 e 2014 o NPGAU recebeu a visita de seis doutorandas da Bauhaus Universität, que ofereceram seminários para estudantes de graduação e pós-graduação e foram co-orientadas pelos professores José dos Santos Cabral Filho e Ana Paula Baltazar. Em 2014 e novamente em 2015, prof. José dos Santos Cabral Filho fez uma visita de estudos à Bauhaus e proferiu palestra para os estudantes de graduação e pós-graduação. Ainda no período de 2014-2015 os professores Silke Kapp e Roberto E. dos Santos fizeram pós-doutorados na Alemanha (12 e 8 meses respectivamente), sendo que a professora Silke Kapp co-orientou com Frank Eckhardt o trabalho de conclusão de curso da Bauhaus na área de Urbanismo (Urbanistik) intitulado "Neue Tendenzen der sozioökonomischen Segregation in Rio de Janeiros Favelas: Innen- und Außensicht von Verdrängungsprozessen in benachteiligten städtischen Räumen." (Novas tendências de segregação socioeconômica: visão interna e externa dos processos de expulsão de espaços urbanos desprivilegiados) de autoria de Jannis Kühne. Durante o pós-doutorado a professora Silke Kapp procedeu entrevistas e discussões metodológicas na Bauhaus Universität, sobre pesquisa qualitativa em sociologia urbana, coleta de dados em comunidades de emigrantes e a comparabilidade entre cidades no Brasil e na Alemanha, com estudantes de doutorado; sobre pesquisa qualitativa em urbanismo e planejamento, com prof. Rene Lenz; e sobre pesquisa em arquitetura e artes visuais com prof. Norbert Hinterberger. A pesquisa estendeu-se também para universidades em Berlim e França, sobre pesquisa qualitativa e quantitativa em geografia com Dr. Seth Schindler, Humboldt Universität, Berlin; sobre pesquisa teórica em arquitetura e urbanismo com prof. Jörg Gleiter, Technische Universität, Berlin; e sobre pesquisa em arquitetura e urbanismo com prof. Philipe Potié, Université de Grenoble (França). Em abril/maio de 2015 a professora Ana Paula Baltazar esteve na Alemanha e participou juntamente com o professor Frank Eckardt da conferência Smart Cities em Plymouth (Inglaterra) onde integraram o grupo de debatedores do seminário de doutorado, que teve por objetivo trazer insights da pesquisa internacional para doutorandos em programas de pós graduação de diversas universidades do mundo, previamente selecionados. Os dois professores continuaram seu trabalho conjunto orientando a doutoranda do NPGAU Lorena Melgaço Marques.
SOCIÉTÉ INTERNATIONALE LEON BATTISTA ALBERTI (SILBA)
(Brasil, Portugal, Espanha, França)
A rede é integrada por pesquisadores da Universidade de Córdoba, do Centre Nationale de Recherches Scientiques (França), da École de Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS, Paris) e da Universidade de Coimbra. No Brasil, ela é coordenada pelo prof. Carlos Antônio Leite Brandão, do NPGAU, e integra pesquisadores da USP, da UFSC e da UFBA. Seu escopo é o estudo e a difusão da história, da literatura, da ciência e da arte na tradição clássica, humanística e do renascimento em seu sentido mais amplo. A Associação se constitui segundo o direito internacional, europeu e francês, e depositou a declaração prevista de sua fundação, o Estatuto, a composição dos seus órgãos sociais, o certificado de sua sede legal na Prefeitura de Polícia de Paris e publicou os detalhes de sua constituição e sua finalidade no Journal Officiel de la République Française. Ela promove encontros bianuais, que já resultaram em três livros internacionais e um quarto, que está em produção.
REUSE: RECUPERACÍON SOSTENIBLE DEL ESPACIO MINERO
(Brasil, Chile, Bolívia, Equador, Colômbia, Argentina, Espanha)
Rede fundada em 2011 com o objetivo de investigar formas de recuperção sustentável de espaços minerados. Integra pesquisadores do NPGAU (professores Flávio Lemos Carsalade e Fernanda Borges de Moraes) e pesquisadores do Chile (Universidade de BioBio), da Bolívia (Cumbre de Sajama, Universidade Maior de San Andrés), do Equador (Escola Superior Politécnica do Litoral), Colômbia (Universidade Nacional da Colômbia-UNAL), da Argentina (Universidade de Mineração da Província de Córdoba) e da Espanha (Universidade Politécnica de Madri, Universidade de Vigo, Universidade Politécnica da Catalunha, Sociedade Espanhola para a defesa do patrimônio geológico e mineiro). Entre as diversas parcerias que se desenvolveram nessa rede, prof. Flávio de Lemos Carsalade atuou como professor visitante na Escuela Tecnica de Arquitectura da Universidad Politécnica de Madrid de dezembro de 2015 a janeiro de 2016, com bolsa da Fundación Carolina.
GEODESIGN E MODELAGEM PARAMÉTRICA DA OCUPAÇÃO TERRITORIAL
(Brasil, Itália, EUA)
Projeto de pesquisa de professores do Istituto Superiore sui Sistemi Territoriali per l'Innovazione (Itália), do Politecnico di Torino (Itália), da Università Degli Studi di Cagliari (Itália), da San Diego State University (EUA). das Universidades - SITI/POLITO, Itália (Istituto Superiore sui Sistemi Territoriali per l'Innovazione e Politecnico di Torino, Itália); - UNICA, Itália (Università Degli Studi di Cagliari); San Diego State University, EUA. Projetos: Modelagem Paramétrica da Ocupação Territorial: proposição de novos recursos das geotecnologias para representar e planejar o território urbano (CNPq) e Geodesign e Modelagem Paramétrica da Ocupação Territoria: novos recursos das geotecnologias para gestão da paisagem na regional Pampulha, Belo Horizonte (CNPq).
PHI PATRIMÔNIO CULTURAL IBERO-AMERICANO
(Brasil, Espanha, Portugal, Peru, Colombia, México, Argentina)
Coordenado no Brasil pelo prof. Flávio de Lemos Carsalade (NPGAU) e desenvolvido em parceria com Universidad Politécnica de Madrid, Universidad de Coimbra, la Universidad de Valparaíso, la Universidad Pontificia Católica Del Perú, la Pontificia Universidad Javeriana, la Universidad Nacional Autónoma de México y la Universidad Nacional del Litoral, o projeto propõe o desenvolvimento de um sistema inovador de informação de escala global, baseado nas capacidades do mundo universitário, permanentemente atualizado. O objetivo é criar uma plataforma que sirva para conhecer melhor o valor estratégico do patrimônio e que permita uma gestão mais eficiente deste legado comum para ativar sua capacidade de ordenação do espaço habitado. O alcance do projeto compreende, em uma primeira fase, o espaço cultural ibero-americano e, como sua imediata ampliação, o restante dos países da comunidade hispano-lusa na escala mundial (mais de quarenta países nos cinco continentes), centrando sua atenção sobre todo aquele patrimônio que se encontre em risco ou que esteja classificado de maneira pouco significativa, com especial interesse naqueles bens que possam trazer consigo oportunidades no campo da cooperação de desenvolvimento.
WHO’S RIGHT TO THE (SMART) CITY?
(Brasil, Reino Unido, Índia)
A rede de pesquisa ‘Whose right to the (smart) city?’ foi aprovada pelo Arts and Humanities Research Council (AHRC) em fevereiro de 2016 e dezembro de 2017. A rede é coordenada pela profa. Katharine Willis da Universidade de Plymouth, com parcerias com profa. Ava Fatah da Bartlett School of Architecture (University College London), com Satyarupa Shekhar do Transparent Cities Network (Índia) e profa. Ana Paula Baltazar, do NPGAU (Grupos MOM e Lagear). Do NPGAU participam dela, ainda, os professores Roberto Luís Monte-Mór, Jupira Mendonça e José dos Santos Cabral Filho, e diversos mestrandos e doutorandos. O objetivo é discutir o que tem acontecido no mundo sob o nome smart city e o retrocesso do ponto de vista da cidadania, autonomia e engajamento popular, já que a maioria dos projetos de "smart cities" tende a atropelar os avanços nas políticas públicas de planejamento urbano e privilegiar inovações tecnológicas intervencionistas. A rede teve seu primeiro encontro em junho de 2016 em Chennai (Índia), tendo como tema Smart City x Smart Citzenship. Chennai é uma das cidades da Índia que está na lista das escolhidas para se tornar ‘smart’ (Smart City Mission), o que significa participar de uma espécie de ‘gincana’ para cumprir prazos e encaminhar propostas. No Brasil, antes de ser afastada, a presidente Dilma assinou um decreto que instaura a Smart City Brasileira com o Programa Brasil Inteligente. Ainda que não pareça tão danoso quanto as propostas Europeia e Indiana, pois aparentemente apenas propõe ampliar infraestrutura para acesso à internet banda larga, houve um edital para seleção de cidades para o Projeto Minha Cidade Inteligente, cujos prazos e demandas de desenho por parte do município parecem reproduzir o modelo "gincana" que houve na Índia e levam a definições prévias sem nenhuma participação popular (como por exemplo, dos serviços de governo eletrônico que serão implementados, que devem ser indicados na proposta desconsiderando qualquer possibilidade de participação popular para sua definição). O edital estabelece claramente o objetivo da infraestrutura de banda larga primordialmente para monitoramento e vigilância pública (seguido de monitoramento de frotas de veículos públicos e serviços concedidos e monitoramento de iluminação pública). O encontro da rede em Belo Horizonte aconteceu em dezembro de 2016 e teve como tema Autonomy in the Smart City", visando avançar as discussões tanto das tecnologias quanto do planejamento urbano na direção de ampliar a autonomia dos cidadãos, visto que o que vem acontecendo é um retrocesso do ponto de vista do engajamento cidadão nos processos de decisão. Cada convidado (da academia, ministério, movimento popular etc.) destacou aspectos que lhe pareciam importantes para o desenvolvimento tecnológico e urbano das cidades levando em conta o tema da autonomia e ao final fira discutidos em contrapondo ao que vem sendo feito nas ditas smartcities.
CENTRO DE ESTUDOS INDIANOS
(Brasil, Índia)
O prof. Roberto Luís de Melo Monte-Mór, do corpo permanente do NPGAU, coordena atualmente o Centro de Estudos Indianos da UFMG. O Centro tem por objetivos: fomentar a internacionalização da UFMG na Índia, aprimorando continuamente tanto sua capacidade de competir em editais relativos a ações de internacionalização, bem como sua integração em redes acadêmicas voltadas à cooperação internacional; incrementar as atividades de cooperação acadêmica entre a UFMG e instituições de ensino superior indianas; congregar pesquisadores, da UFMG e de outras Instituições, que desenvolvam pesquisas pertinentes à Índia, ou realizadas com a participação de pesquisadores indianos. Nesse contexto, o prof. Roberto Monte-Mór coordenou também a organização de dois eventos, os International Symposia on Brazil-India Studies em 2014 e 2015, e esteve várias vezes na Índia. Colaborações acadêmicas na área de Arquitetura e Urbanismo e em outras áreas estão se estruturando a partir disso.
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Avaliação CAPES
O Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Escola de Arquitetura da UFMG - Doutorado e Mestrado - é recomendado/reconhecido pela CAPES com a Nota 6 na avaliação quadrienal 2013-2014-2015-2016.
FICHA AVALIAÇÃO 2013 2014 2015 2016
FICHA AVALIAÇÃO 2010 2011 2012
FICHA AVALIAÇÃO 2007 2008 2009
FICHA AVALIAÇÃO 2004 2005 2006
- Associações científicas